Colômbia: Mortes e ameaças

24-04-2013 Reportagem

Extrato do Relatório Anual 2012: As mortes e ameaças, algumas das violações mais graves do Direito Internacional Humanitário (DIH) e do Direito Internacional dos Direitos Humanos (DIDH), são usadas para atemorizar ou estigmatizar a população em zonas de conflito ou violência armada, provocando outras graves consequências humanitárias como os deslocamentos.

Em seu diálogo confidencial com as partes em conflito e com outros atores armados, o CICV insiste no respeito à vida, integridade e dignidade das pessoas protegidas pelo DIH e princípios humanitários, os quais devem ser observados em todas as circunstâncias. Em 2012, a organização documentou 49 casos de mortes que foram apresentados perante os supostos responsáveis. 

Do mesmo modo, ajudou 112 famílias a arcarem com os gastos funerários de seus entes queridos ou com o translado dos restos mortais. Também prestou ajuda econômica a 831 pessoas ameaçadas, 147 a mais do que em 2011, para que pudessem se refugiar em um lugar mais seguro.

 

Vozes das vítimas

“Ele era um homem trabalhador, não um delinquente”

 

“Meu companheiro trabalhava como vigia à noite. Um dia, em casa, começou um enfrentamento por volta das 13h. Este dia mataram três. Logo, buscando os responsáveis, começaram a bater nas portas, abrindo à força.Agrediram uma senhora, outros foram expulsos de casa. Maltrataram muita gente. Alguns rapazes que estavam em um bar apanharam muito. Disseram que iriam pagar pelos pecadores. E então, chegaram ao quarto onde estava meu companheiro descansando. Entraram e o mataram. Nem lhe deram a oportunidade de se identificar”. (Moradora de uma comuna de Medelin)

Foto

Uma cruz ao lado do caminho em uma zona rural de Guavire. A vida dos civis deve ser respeitada em todas as circunstâncias, como estipulado pelo DIH. 

Uma cruz ao lado do caminho em uma zona rural de Guavire. A vida dos civis deve ser respeitada em todas as circunstâncias, como estipulado pelo DIH.
© CICV / P. Jequier

 

© CICV / M. C. Rivera