Afeganistão: CICV continua comprometido com o país apesar do ataque
04-06-2013 Entrevista
Na quarta-feira, 29 de maio de 2013, um ataque ao escritório do CICV em Jalalabad causou a morte de um dos nossos seguranças e deixou outros três colaboradores feridos. Este foi o primeiro ataque deste estilo no país. Gherardo Pontrandolfi, chefe da delegação do CICV em Cabul, fala sobre o ataque e as suas implicações.
O CICV sabe quem foi o responsável pelo ataque?
Não. Estamos averiguando isso e começamos uma investigação profunda com o objetivo de descobrir o motivo por trás do ataque. Isso envolve conversar com a maior quantidade de pessoas e grupos possível.
O Talibã fez uma declaração na qual negava a responsabildiade pelo ataque. qual foi a sua reação?
Estamos cientes dessa declaração e a levaremos em conta na nossa análise.
O CICV suspenderá as operações no Afeganistão?
Não suspenderemos todas as operações no Afeganistão. Ainda estamos reunindo informações e concluindo a nossa análise inicial, portanto é prematuro dizer os efeitos que esse incidente terá sobre o nosso trabalho no Afeganistão.
Em todo o país, manteremos os serviços de reabilitação física, atividades médicas, esforços para manter o contato entre familiares separados e algumas outras atividades.
Em Jalalabad, fechamos o nosso escritório, mas continuamos com os serviços de reabilitação física no nosso centro.
O ataque terá algum efeito sobre os colaboradores?
Temporariamente retiramos alguns colaboradores internacionais como uma medida de precaução e, claro, o ataque terá um impacto sobre as operações.
O que está previsto a longo prazo para as operações do CICV no Afeganistão?
O CICV continua comprometido a proteger e prestar assistência humanitária às pessoas afetadas pelo conflito, ao mesmo tempo em que consideramos a segurança da nossa própria equipe. Uma vez concluída a investigação sobre o incidente, poderemos determinar o nível de serviços humanitários que poderemos prestar em todo o país.
Como a equipe está reagindo ao ataque?
Todos estão muito comovidos pela morte do nosso colega Abdul Basher Khan. No momento, estamos nos concentrando na sua família. Estamos proporcionando a eles todo o apoio necessário, tanto em termos financeiros, como psicológico, e continuaremos a fazê-lo.