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República Federativa da Iugoslávia: A Cruz Vermelha dá assistência aos refugiados da ex-República Iugoslava da Macedônia

30-03-2001 Comunicado de imprensa

Desde que, há algumas semanas, começou a violência na ex-República Iugoslava da Macedônia, mais de 7.500 refugiados fugiram para Kosovo. Após os primeiros dias de combates, uma onda de 1.150 pessoas deslocou-se da região de Crna Gora a Gjilan-Gnilane. Outras 1.500 partiram de Tetovo, na maioria em carros e usando o transporte público, atravessando a Albânia até Prizren e outros lugares em Kosovo. Desde 14 de março, mais de 4.800 pessoas – o grupo mais numeroso até agora – abandonaram seus povoados nos arredores de Tetovo e cruzaram a pé as montanhas cobertas de neve. O CICV, em colaboração com as seções locais da Cruz Vermelha e a Cruz Vermelha da Bélgica, tem lhes dado comida e assistência médica, ajudando-lhes a buscar alojamento, assim como a restabelecer o contato com seus familiares.

Um homem exausto contou a um delegado do CICV em Dragash que tinha caminhado através das montanhas durante 14 horas com os dois filhos pequenos, um carregado nas costas e o outro no colo. A família decidiu abandonar sua casa em Selce depois de passar quatro dias no porão, enquanto as granadas explodiam ao redor.

Uma vez em Kosovo, os refugiados dirigem-se para o vale de Zhupa ou para Dragash, onde são recebidos pelas organizações humanitárias. O CICV coordena as atividades com a Cruz Vermelha local, os serviços municipais, a Organização Madre Teresa, Catholic Relief Services e outras entidades. Em Dragash, as famílias estão temporariamente hospedadas na escola; a Cruz Vermelha da Bélgica distribui alimentos e a Cruz Vermelha local busca famílias que recebam os refugiados. Quando é necessário, as equipes do CICV informam os refugiados sobre os riscos inerentes às minas e às munições sem explodir.

É impressionante ver como as pessoas dos povoados próximos a Dragash se oferecem para receber os refugiados em suas casas, inclusive quando elas próprias não contam com meios suficientes. Como dizia uma delas: “Sabemos o que é ser refugiado. Há dois anos, eles nos ajudaram quando fugimos de Kosovo, agora temos que ajudá-los”.

  CICV News 01/12