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Libéria: CICV envia ajuda de emergência

05-08-2003 Comunicado de imprensa

Um avião de carga Lliouchine 76 aterrizou na manhã do dia 31 de julho no aeroporto de Robertsfield, na Monróvia, capital da Libéria. A aeronave, com capacidade para 40 toneladas, foi fretada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para transportar suprimentos médicos de urgência, material sanitário e um caminhão pipa de 15 mil litros, para distribuição de água na capital e imediações.

O CICV, desde 19 de julho, encontra enormes dificuldades para chegar ao depósito onde estão estacionados seus veículos. Ao mesmo tempo, cresce a necessidade de distribuição de água potável, para evitar a explosão de epidemias. As atividades humanitárias do CICV continuam muito restritas por razões de segurança. As últimas grandes distribuições de alimentos (farinha, arroz, óleo e sal), artigos de primeira necessidade (colchões, cobertores, sabão e vasilhas) e água potável aconteceu no dia 18 de julho, para 50 mil deslocados internos. Em 24 de julho, aproveitando um curto período de calma, a instituição pôde fornecer 40 mil litros de água potável: 14 mil litros para os deslocados que estão no estádio de futebol Samuel K. Doe e o restante para as pessoas alojados em outros abrigos, na Monróvia.

O CICV vêm conseguindo registrar dados de pessoas, principalmente crianças, que ficaram separadas de suas famílias devido à situação caótica. Todos os esforços são feitos para que estas famílias possam reunir-se o mais rápido possível.

Apesar da extrema precariedade da situação, o CICV, em estreita colaboração com os voluntários da Cruz Vermelha da Libéria, tem a determinação de não medir esforços e fazer o possível para ajudar às pessoas afetadas pelo conflito.

No centro cirúrgico do hospital John F. Kennedy, o CICV registrou dados de quase mil feridos desde que se reiniciaram os combates. O hospital, que foi inaugurado há apenas um ano, está no antigo pavilhão da maternidade. Há 170 leitos e dois centros cirúrgicos. Atualmente, mais de 300 pacientes são atendidos no local. Seis médicos estrangeiros do CICV e 240 funcionários liberianos, entre os quais vários médicos e enfermeiras, trabalham sem descanso há mais de duas semanas. Os cirurgiões realizam 20 operações por dia. Houve necessidade de adequar novos espaços para receber a todos os feridos. Obras realizadas no pavilhão Memorial Hospital, principal edifício do Hospital John F. Kennedy, possibilitarão a abertura de outros 250 leitos.



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