Tanzânia: refugiados de Burundi chegam em massa a Kagunga e Kigoma

  • Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Como se estima que haja 50 mil pessoas em Kagunga, a prioridade principal é reduzir o a super lotação transferindo os refugiados para o campo de Nyarugusu, em Kigoma, onde é possível prestar assistência com mais facilidade. Os refugiados lotam as margens esperando sua vez de serem transportados para Kigoma, uma viagem de três horas.
    CC BY-NC-ND/ICRC/L. Kamau
  • Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Refugiados nas margens de Kagunga sobem a um barco com suas poucas posses. Diante da falta de uma área de atracação em Kagunga, os barcos são utilizados para transportar pessoas da margem para o navio de espera.
    CC BY-NC-ND/ICRC/L. Kamau
  • Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Mulheres e crianças são transportadas em outro barco e localizadas em uma área do navio separada daquela para os homens. Embarcar no navio sobre as ondas das águas do Lago Tanganica é difícil. Contudo, salva-vidas treinados em cada barca garantem que todos cheguem salvos a Kigoma.
    CC BY-NC-ND/ICRC/L. Kamau
  • Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kagunga, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Uma seção de um dos dois navios que transportam refugiados para Kigoma. Cada navio transporta cerca de 600 pessoas por viagem e realiza duas viagens por dia, o que ajuda a reduzir a congestão em Kagunga. Profissionais da saúde a bordo cuidam de qualquer refugiado que possa precisar de tratamento durante a viagem.
    CC BY-NC-ND/ICRC/L. Kamau
  • Kagunga. Profissionais da saúde a bordo cuidam de qualquer refugiado que possa precisar de tratamento durante a viagem.
    Kagunga. Profissionais da saúde a bordo cuidam de qualquer refugiado que possa precisar de tratamento durante a viagem.
    Uma menina chega a Kigoma. A maioria das pessoas se aferra aos poucos pertences que conseguiu levar consigo quando fugiu de Burundi.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Após chegarem a Kigoma, as famílias sentem felicidade e enchem o ar de música enquanto desembarcam do navio. Logo elas embarcarão nos ônibus que as levarão para o ponto de trânsito no estádio do Lago Tanganica, onde receberão alimentos, tratamento de saúde e outros serviços humanitários.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Um segurança faz uma revista nos refugiados pouco depois da sua chegada de Kagunga. O rastreio de segurança é obrigatório para garantir a segurança dos refugiados e dos moradores de Kigoma.
    CC BY-NC-ND/ICICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Toda vez que ocorrem situações de violência, as mulheres e as crianças arcam com o maior sofrimento. Há muitos menores desacompanhados em Toda vez que ocorrem situações de violência, as mulheres e as crianças arcam com o maior sofrimento. Há muitos menores desacompanhados em Kagunga, provavelmente separados das suas famílias quando fugiram. O CICV, em colaboração com a Cruz Vermelha da Tanzânia, ajuda a reunir as famílias que se separaram e a permitir-lhes entrar em contato com seus familiares em outras partes do mundo por meio do serviço de telefonemas no campo de refugiados de Nyarugusu.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Refugiados esperam o começo do processo da revista de segurança. As fitas vermelhas em suas mãos indicam que eles foram registrados pelo Acnur.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Como alguns dos refugiados que chegam de Kagunga estão muito debilitados, profissionais de saúde estão prontos para recebê-los com uma ambulância e garantir seu transporte seguro para o estádio do Lago Tanganica, onde podem ser tratados por doenças ou lesões.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Mulheres e crianças embarcam em um dos muitos ônibus contratados pelo ACNUR para levá-las de Kigoma ao estádio do Lago Tanganica.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Uma criança come sua primeira refeição no estádio do Lago Tanganica após chegar de Kagunga na noite anterior. O estádio funciona como ponto de trânsito para facilitar a revista de todos os refugiados antes do reassentamento no campo de refugiados de Nyarugusu.
    CC BY-NC-ND/CICV/L. Kamau
  • Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Kamau, Kigoma, Tanzânia, 17 de maio de 2015
    Cinquenta voluntários da Cruz Vermelha foram capacitados para prestar primeiros socorros em Kagunga e no centro de trânsito no estádio do Lago Tanganica. Na foto, eles estão se preparando para evacuar um paciente do centro.
21 maio 2015

Depois das tensões pré-eleitorais em Burundi, cidadãos desse país começaram a fugir para a Tanzânia, Ruanda e a República Democrática do Congo. Até o momento, o Acnur estimou o número de refugiados que procuraram asilo nos países vizinhos em mais de 112 mil, dos quais mais de 70 mil fugiram para a Tanzânia.

Na Tanzânia, a situação humanitária em Kagunga e Kigoma é dramática. Aproximadamente 50 mil refugiados esperam o transporte para o campo de refugiados de Nyarugusu. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) trabalha em estreita parceria com a Cruz Vermelha da Tanzânia na situação humanitária em Kagunga e no campo de refugiados de Nyarugusu. Serviços como o restabelecimento do contato entre familiares separados já estão sendo prestados em Nyarugusu para os recém chegados, e a Cruz Vermelha da Tanzânia está proporcionando primeiros socorros em Kagunga e no ponto de trânsito no estádio do Lago Tanganica. Voluntários da Cruz Vermelha também trabalham com a questão da higiene, no intuito de conter o surto de cólera.