Fome no Sudão do Sul

Apesar da assinatura do acorde de paz, a população continua sendo afetada pela continuidade do conflito. Comunidades deslocadas estão passando fome. Sem poder cultivar suas terras, conseguir alimento e água é um desafio diário.

Muitas comunidades vivem em regiões isoladas, onde o acesso da ajuda humanitária é difícil ou impossível por terra, agravando a situação de insegurança alimentar.

Os números demonstram a dimensão do problema e a gravidade da fome. Das 12 milhões de pessoas no Sudão do Sul, 3 milhões sofrem de insegurança alimentar severa. 

Os sul-sudaneses estão vivendo no limbo, e os recentes confrontos em algumas partes do país, como Equatória, continuam a deslocar milhares de pessoas – que não poderão colher as suas safras e dependerão de ajuda humanitária.

Das 12 milhões de pessoas, 3 milhões sofrem de insegurança alimentar severa no Sudão do Sul.

Deslocada em Deim Zubeir e sem o marido, Belina Sabino improvisa para alimentar os filhos. CC BY-NC-ND / CICV / Mari Aftret Mortvedt

 Metade da população não sabe de onde virá a próxima refeição e depende de ajuda humanitária para sobreviver. "A vida está cada vez mais difícil aqui, porque a minha família depende de mim. Mesmo estando doente, tenho que cuidar dos meus filhos e encontrar comida para eles. Não sei onde está o meu marido e não tenho como conseguir a informação", conta Belina Sabino enquanto cozinha o jantar para os cinco filhos.

Devido às dificuldades das estradas, recorremos a lançamentos aéreos de alimentos para conseguir levar alimentos à população necessitada e isolada. Quase 70% das nossas entregas de mantimentos são realizadas desta maneira no Sudão do Sul, ajudando a combater a fome.