Guerra civil no Sudão do Sul
O conflito recorrente no Sudão do Sul causa deslocamentos forçados, separação de famílias e destruição do sistema de assistência à saúde. Apesar do acordo de paz, a violência continua ameaçando a paz e a estabilidade. As pessoas deixam suas casas e meios de sobrevivência e fogem em busca de segurança. Crianças, idosos, homens e mulheres passam a viver em lugares isolados, pantanosos, escondidos dentro da mata. Outros ficam para trás, com muitas dificuldades de se valer por si sós.
O país mais novo do mundo enfrenta uma grave crise humanitária. Os números falam por si só. Das 12 milhões de pessoas no Sudão do Sul, 6 milhões estão em situação grave de fome e carece de assistência alimentar e 4 milhões estão deslocadas.
Um ano após o acordo de paz no Sudão do Sul, a violência continua ameaçando a paz e a estabilidade: o número de pacientes feridos com tiros aumentou, centros de saúde ainda não alvos de violência e 4 milhões de pessoas ainda estão deslocadas.pic.twitter.com/OIKE4CErRd
— CICV (@cicv_pt) 10 de setembro de 2019
Quando conflito na fronteira do Sudão e do Sudão do Sul, dividiu uma comunidade em duas. Fugindo da violência, centenas de famílias foram separadas e perderam completamente o contato entre si. Depois de um boca a boca, o nossas equipes conseguiram reconectá-las e, com uma ligação, conseguiu compartilhar notícias com 2,5 mil pessoas sobre os seus entes queridos.
O CICV juda as famílias separadas por conflito e outras situações de violência a se reconectarem. Registra os parentes e busca os entes queridos, estejam eles dentro ou fora do país. O CICV sempre assegura que os familiares estejam dispostos a se reencontrarem e que isso reflita o interesse de todos os envolvidos. A organização também faz a busca e trata de levar crianças sequestradas de volta aos pais.
Assistência à saúde vulnerável
O Sudão do Sul está entre os países no mundo com o pior acesso à assistência à saúde. Some-se isso ao conflito em andamento, muitas pessoas não tem condições de chegar aos hospitais ou clínicas para receber tratamento.
O CICV evacua pessoas feridas por armas de fogo em todo o Sudão do Sul e as levou para hospitais onde poderiam receber atendimento médico. A evacuação uma maneira vital de salvar sul-sudaneses feridos por armas de fogo
A brasileira Nádia Rudnick está em sua 1ª missão humanitária como cirurgiã de trauma no Sudão do Sul. Nádia é a única cirurgiã mulher da nossa equipe no país, um dos mais afetados atualmente no mundo pelo conflito armado. .pic.twitter.com/OIKE4CErRd
— CICV (@cicv_pt) 19 de agosto de 2018