Deslocados no Iêmen: onde as necessidades continuam crescendo

  • Afia e o marido esperam que a modesta refeição esteja pronta, enquanto a sua neta dorme em um pedaço de cartão no pátio de uma escola em Marawah, onde buscaram se refugiar dos confrontos na cidade de Hodeida. O casal está atormentado pensando nos quatro filhos desaparecidos que fugiram da cidade costeira na mesma época. Encontram consolo cuidando da neta.
    CC BY-NC-ND / CICV / Abduljabbar Zeyad
  • Menos de um mês depois de fugirem de casa, em Taiz Sallah, para Mudhafar, o pequeno apartamento de um quarto que a família Omari alugava foi bombardeado. A família perdeu tudo e o chefe da família ficou gravemente ferido. Depois que o filho e a família dele se mudaram, Fatima al-Omari e o marido acamado ficaram na casa destruída, sobrevivendo com os poucos pães que uma padaria de caridade lhes dava. “Estou desconsolada, não sei o que fazer. Que Deus tenha piedade de nós”, diz a mulher de 60 anos.
    CC BY-NC-ND / CICV / Khaled ِِAl-Saeed
  • As vidas de Amal e da sua família foram transformadas quando os combates que chegaram próximo ao vilarejo onde moravam, Shaqab, destruíram a casa dela. Quando fugiam, uma bala de um franco-atirador atingiu o pescoço dela. As duas horas seguintes, ainda sem poder chegar ao hospital, foram as mais dolorosas da sua vida. O trauma não terminou aí: no hospital, recebeu a notícia de que nunca mais voltaria a andar. Atualmente, ela passa os dias deitada no chão do pequeno cômodo alugado onde mora com o filho e a filha. “O pior é quando os meus filhos me pedem alguma coisa e não posso dar porque não temos nada”, conta.
    CC BY-NC-ND / CICV / Khaled ِِAl-Saeed
  • Arwa, 35, junto com a irmã e os dez filhos na hora do almoço - a única refeição que fazem por dia. Alguns anos atrás, a vida deles mudou drasticamente, quando a família inteira foi obrigada a fugir de Saada para Sanaa, onde se instalaram em um assentamento improvisado junto com outras pessoas deslocadas.
    CC BY-NC-ND / CICV / Yahya Arhab
  • Om Khaled ao lado do seu carro, que hoje é o único abrigo para ela e a família depois que escaparam da violência em Hodeida para Aden. Junto com os três filhos, ela come e dorme no carro. Os vizinhos lhes dão de comer e deixam que usem o banheiro de vez em quando. Do contrário, as crianças e a mãe recorrem a um terreno baldio ali perto.
    CC BY-NC-ND / CICV / Haroun Al-Wassabi
  • Khaizaran, 38, carrega a filha mais nova, Maram, que nasceu no assentamento para deslocados em Darawan, nos arredores de Sanaa. A menina de três anos nasceu dias depois que a família abandonou a sua casa em Hajja, quando os confrontos escalaram para a sua cidade natal.
    CC BY-NC-ND / CICV / Yahya Arhab
  • Ali ao lado de uma barraca improvisada no assentamento onde mora com a família. Eles foram obrigados a buscar um pouco de segurança em Aden quando as hostilidades na sua cidade natal, Taiz, escalaram e os enfrentamentos chegaram ao seu bairro.
    CC BY-NC-ND / CICV / Saleh Balhees
22 outubro 2018

Os deslocados vulneráveis no Iêmen enfrentam uma grave falta de segurança com uma necessidade descomunal de assistência. Das quase 2 milhões de pessoas deslocadas das suas casas no Iêmen, a maioria vive com famílias que as acolhem e alugam um cômodo, enquanto que outros estão em assentamentos improvisados. Isso leva a um aumento na pressão sobre as famílias que os acolhem, que já enfrentam diversas vulnerabilidades.

Durante o primeiro semestre de 2018, o CICV prestou a tão necessária ajuda a praticamente 500 mil iemenitas. Também ajudamos a mais de 2 milhões de pessoas a terem acesso a água potável e melhor saneamento.