No auge da violência no ano passado, era comum ver famílias esperando na praia de Alal Than Kyae em Maungdaw, ansiosas para cruzar para Bangladesh.
No auge da violência no ano passado, era comum ver famílias esperando na praia de Alal Than Kyae em Maungdaw, ansiosas para cruzar para Bangladesh.
Nas primeiras semanas, centenas de toneladas de alimentos e material de ajuda foram enviados de Yangon a Maungdaw.
Mulheres de Rakhine ajudam com o material de emergência.
Conversar com as pessoas para conhecer melhor as necessidades das comunidades nos ajuda a prestar uma melhor assistência.
Muitas pessoas têm acesso restrito a mercados, e a maioria das lojas fecharam, deixando famílias com pouca ou nenhuma renda. Até agora, assistimos 280 mil pessoas com alimentos, água e outros artigos básicos como produtos de higiene e kits de dignidade.
Daw Ma Aye Sein e o seu povoado receberam sementes e fertilizantes para cultivar a sua própria comida. Sementes de tomate são as favoritas dela.
As clínicas móveis de saúde têm um papel crucial nas área remotas. Muitas foram criadas para tornar a assistência à saúde mais acessível. As nossas equipes também entregam material médico e equipamento aos centros rurais em Maungdaw.
As monções fazem com que o acesso a muitos povoados e acampamentos seja extremamente difícil no Estado de Rakhine.
Os abrigos improvisados são frágeis demais para as chuvas e ventos fortes, tornando a vida muito difícil. Para ajudar as pessoa a enfrentar a estação, as quantidades de comida foram duplicadas.
Como muitas outras, Ma Than Win, uma jovem mãe, pôde reforçar a sua casa nas ilhas remotas de Pauktaw, onde membros da comunidade foram capacitados em carpintaria para construir estruturas resistentes às monções.
Meses depois de ter se separado da família, esta mulher detida pôde encontrar os filhos em um acampamento em Cox’s Bazar, Bangladesh. Centenas de famílias separadas foram reunidas com a ajuda dos pedidos de busca e das mensagens Cruz Vermelha. Um ano depois, o nosso compromisso continua firme.
Há um ano, em 25 de agosto de 2017, a violência irrompeu no norte do Estado de Rakhine, Myanmar, continuando por muitos meses. Todas as comunidades foram afetadas direta ou indiretamente e muitas pessoas foram deslocadas dentro do estado. Desde então, mais de 720 mil pessoas fugiram através da fronteira com Bangladesh e o impacto da violência continua sendo sentido pelos moradores que ficaram.
Desde o início da crise, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho prestou assistência humanitária na região do norte de Rakhine. No total, mais de 280 mil pessoas receberam alimentos, água, utensílios domésticos, serviços de saúde, ajuda financeira e apoio para os meios de subsistência.
Mediante visitas regulares às prisões, monitoramos e ajudamos a melhorar o tratamento dos detidos e as condições de detenção. Também coletamos mais de 2 mil mensagens Cruz Vermelha de ambos os lados da fronteira para restabelecer o contato entre os detidos e os seus parentes.
As necessidades humanitárias no Estado de Rakhine são muitas. Esta é uma crise prolongada e estamos comprometidos com a assistência no longo prazo, porque atender as necessidades básicas das comunidades, fortalecer a resiliência e apoiar os meios de subsistência delas aumentarão as chances de que a paz e a estabilidade sejam restabelecidas.