Segurança econômica

29-10-2010 Panorama

O trabalho do CICV no sentido de promover a segurança econômica tem por objetivo assegurar que os lares e as comunidades afetados por conflitos ou violência armados possam ter suas necessidades essenciais atendidas e manter ou restabelecer meios de subsistência sustentáveis. Suas atividades variam desde a distribuição de alimentos e gêneros de primeira necessidade em situações de emergência a programas sustentáveis para a produção de comida e iniciativas microeconômicas. As necessidades atendidas vão desde a provisão de comida e abrigo até o acesso à educação e à assistência à saúde. As atividades de segurança econômica estão intimamente ligadas à saúde, ao acesso à água e aos programas de habitação. Todas estas atividades estão incluídas na missão do CICV de proteger as vítimas de conflitos.

O CICV definiu quatro etapas para as crises de acordo com o atendimento das necessidades básicas, ajustando respectivamente a sua ação. Nas situações de pré-crise e crise aguda, a resposta atende as necessidades humanitárias: o objetivo é salvar vidas. Nas situações de crise aguda e pós-crise, a resposta promove consolidação econômica e reconstrução: a finalidade é apoiar a subsistência. A Unidade de Segurança Econômica (ou EcoSec) avalia as necessidade nos lares para obter informação local em primeira mão.

A ação empreendida pode compreender a prestação direta dos serviços para compensar a falta do abastecimento regular, apoiar a prestação local de serviços, convencer as autoridades a arcar com sua responsabilidade ou encorajar a ação de terceiros quando necessário.

A ajuda emergencial tem a finalidade principal de salvar vidas e proteger a subsistência quando estiverem sob perigo imediato. Isso é feito com o fornecimento dos bens essenciais para sua sobrevivência como artigos domésticos, alimentos, sementes e ferramentas. Ao mesmo tempo, os delegados do CICV estabelecem um diálogo com todas as partes para melhorar a proteção da população em perigo.

A ajuda para produção visa estimular a produção de alimentos e possivelmente gerar renda, restaurando, em última instância, os meios de subsistência sustentáveis. Isso significa preservar os bens produtivos domésticos ou comunitários, como agricultura e pecuária. A ajuda compreende vacinação; abate e repovoamento de rebanhos; distribuição de ferramentas, sementes e varas de pescar; promoção de iniciativas microeconômicas e capacitação.

A ajuda estrutural, prestar principalmente em contextos de crise crônica e pós-crise, tem o objetivo de reanimar a produção pelos bens produtivos sustentáveis (p.ex. agricultura) ao encorajar os prestadores de serviços, e outros, a fornecerem os insumos necessários como sementes e ferramentas. Esta ajuda pode ser empregada também para promover melhorias nas áreas como os serviços de extensão da agricultura e programas de bem-estar social desenvolvidos pelos Estados.

As iniciativas microeconômicas visam fortalecer a geração de renda nos lares e comunidades inteiras de maneira sustentável dentro de um determinado período. Os projetos são elaborados de acordo com as necessidades individuais apresentadas pelos beneficiários. As ferramentas de microeconomia mais comuns são as bolsas para produção, capacitação vocacional e pequenos empréstimos.

Os custos dos programas EcoSec representam cerca de 20% dos gastos do CICV no terreno. A unidade emprega por volta de 90 funcionários internacionais e 200 nacionais que trabalham em quase 30 países. Compreendem especialistas de várias áreas, que também capacitam as equipes do CICV e os parceiros locais.

Foto

Kivu do Sul, Walungu, República Democrática do Congo. Trabalhadores em um projeto de agricultura apoiado pelo CICV. 

© CICV / Carl de Keyzer

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