O sofrimento humano não tem fronteiras. Este foi um ano marcado por tristeza e perguntas sem resposta. Famílias foram dilaceradas e muitos entes queridos ainda estão detidos contra a sua vontade. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas, e milhões foram deslocadas em toda a região. Pessoas civis foram reduzidas a números; a singularidade delas é ofuscada por narrativas concorrentes em torno do conflito. Mas por trás dos números estão pessoas: filhos, pais, irmãos e amigos que agora se empenham para sobreviver e enfrentam todos os dias a dor, o medo e a incerteza sobre o seu futuro.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) reitera o apelo a todas as partes para que respeitem a dignidade de todas as pessoas afetadas por este conflito. São seres humanos com direitos, que merecem proteção, apoio humanitário e a capacidade de reconstruir as suas vidas em segurança. O CICV permanece firme no seu compromisso de prestar serviços essenciais que salvam vidas e insiste na exigência de que todas as partes garantam acesso seguro e desimpedido.
Reiteramos também o nosso apelo a todas as partes para que cumpram imediatamente as suas responsabilidades segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH). O DIH proporciona um marco para reduzir o sofrimento durante os conflitos, garantindo que os princípios fundamentais da humanidade sejam respeitados mesmo em tempos de guerra. Ao aderir ao DIH, as partes em conflito podem aliviar o sofrimento humano e preparar o caminho para um futuro mais estável e pacífico.
