Um ano depois que o devastador tufão Haiyan varreu as Filipinas, centenas de milhares de pessoas, cujas vidas foram destruídas, estão retornando ao trabalho com o apoio do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Como parte do plano de recuperação da Cruz Vermelha Filipinas nas ilhas de Leyte, Samar, Cebu, Panay e Palawan, quase 30 mil famílias receberam até agora a ajuda financeira no valor de 360 milhões de dólares para um período de três anos, possibilitando assim o seu sustento.
Um pontapé inicial para as pessoas se sustentarem é fundamental na recuperação de longo prazo das comunidades atingidas por desastres. Tomamos isso – e a moradia – como uma prioridade
Os dados iniciais demonstram que as principais atividades de geração de renda dos que receberam o apoio da Cruz Vermelha são a agricultura, a criação de animais e o estabelecimento de lojas de conveniência. Suínos, cabras, frangos e estoque para as lojas de conveniência, ou sari-sari, são os principais produtos comprados pelos sobreviventes do Hayan com a ajuda financeira recebida.
"Um pontapé inicial para as pessoas se sustentarem é fundamental na recuperação de longo prazo das comunidades atingidas por desastres. Tomamos isso – e a moradia – como uma prioridade", afirmou o presidente da Cruz Vermelha Filipina, Richard Gordon. "Um ano depois de o Haiyan ter tirado os meios de subsistência de tantas famílias, vemos agora as pessoas retomarem os seus trabalhos e até abrirem novos negócios".
O sustento de 6 milhões de trabalhadores foi destruído ou seriamente danificado pelo desastre – e quase a metade deles já enfrentava dificuldades para sobreviver com uma renda abaixo do nível de pobreza antes da passagem do tufão pelo país.
O agricultor Jessie Lape Jr., pai de três filhos, morador de Luca em Ajuy, Panay, conta: "O tufão varreu os nossos cultivos e ficamos sem nada para colher – era um desespero. Mas o apoio que recebemos mudou tudo. De repente, eu tinha dinheiro para comprar sementes e consertar ferramentas, e agora tenho um seguro para a colheita. Posso dormir mais tranquilo sabendo que estarei numa situação melhor quando o próximo tufão chegar".
O programa de ajuda da Cruz Vermelha inclui capacitação em técnicas agrícolas sustentáveis, criação de suínos, contabilidade e aritmética, além de assessoramento sobre como diversificar e crescer com os negócios.
Mais de 1,3 milhão de pessoas receberam assistência emergencial logo após o desastre. Um ano depois, o plano de recuperação de longo prazo da Cruz Vermelha destina-se a alguns dos sobreviventes mais carentes.
A construção de abrigos mais seguros e a capacitação da comunidade em práticas de construção são parte central do plano junto com a resiliência e a redução de riscos. Foram oferecidos cursos de formação para pedreiros e carpinteiros e mais de 6,5 mil pescadores receberam dinheiro para comprar barcos ou consertar as suas embarcações.
Mais de seis mil casas já foram reconstruídas e, dentro dos próximos 15 meses, 40 mil famílias terão recebido casas mais seguras. Quase 200 salas de aula foram consertadas ou reconstruídas até agora e estabelecimentos de saúde rurais foram reformados.
"A recuperação está bem encaminhada, mas existem ainda necessidades humanitárias no terreno", declarou a secretária-geral da Cruz Vermelha Filipina, Gwendolyn Pang. "Estamos trabalhando com 400 comunidades (barangays) para garantir que as pessoas consigam o apoio que precisam para reconstruir as suas vidas."
Desde que o Hayan devastou a região, a Cruz Vermelha Filipina, junto com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, vem prestando apoio a centenas de comunidades. As Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho do mundo inteiro também trabalham em todo o país como parte dos esforços de recuperação.
Para imagens de apoio, galeria de fotos, estudos de casos e mais detalhes sobre o programa de recuperação da Cruz Vermelha Flipina, acesse http://philippineredcross.github.io/haiyan-one-year/
Mais informações:
Nas Filipinas:
• Robert Gonzaga, diretor de comunicação, Cruz Vermelha Filipina
• Tel: +63 909 687 8872
Email: rigonzaga@gmail.com
• Kate Marshall, delegada de comunicação, FICV
Tel: +63 998 960 6287 ou +63 928 904 7115
Email: kate.marshall@ifrc.org; Twitter: @kateamarshall
• Wolde-Gabriel Saugeron, coordenador de comunicação, CICV
Tel: +63 918 907 2125
Email: wsaugeron@icrc.org
Em Genebra:
• Benoit Matsha-Carpentier, oficial sênior de comunicação, CICV
Mobile: +41 79 213 24 13
Email: benoit.carpentier@ifrc.org