Serviço Internacional de Busca: Começa a discussão sobre o futuro
20-05-2008 Comunicado de imprensa 08/85
A Comissão Internacional para o Serviço Internacional de Busca (SIB) abriu hoje o debate sobre o futuro da instituição.
Ao longo da Reunião Anual da Comissão, foi decidido que seria formado um grupo de trabalho para tratar deste assunto. " Depois da abertura dos arquivos para pesquisa e da redução do volume do trabalho humanitário, serão considerados os detalhes da futura estrutura e da responsabilidade administrativa do SIB " , afirma Beat Schweizer, vice diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
A Comissão Internacional, cujos 11 Estados membros são responsáveis pelo Serviço de Busca em Arolsen, pediu ao grupo de trabalho que " identifique os futuros desafios estruturais e organizacionais do SIB, com vistas a apresentar propostas para lidar com eles " . Um relatório escrito sobre o trabalho do grupo deve ser publicado na próxima Reunião Anual em Londres, em maio de 2009. Os Estados membros, o CICV e o SIB vão participar do grupo de trabalho. O presidente será o embaixador Pieter Jan Wolthers, da Holanda.
" A instalação do grupo de trabalho é conseqüência lógica da decisão de 2006 de abrir os arquivos para a pesquisa histórica. Isto tem um efeito direto sobre as áreas em que o Serviço de Busca opera, e levanta a questão sobre o seu papel no futuro e sua administração pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha " , afirma o atual presidente da Comissão, o embaixador polonês Krzystof Kocel. " Tendo em vista a magnitude e o significado das provas históricas contidas nos documentos em Arolsen, estamos cientes da responsabilidade da Comissão Internacional. " Agora é a vez de a Grã Bretanha assumir a presidência pelos próximos 12 meses.
A Comissão Internacional também considerou o andamento da digitação dos documentos do SIB. Est a é uma exigência para a transferência, acordada de forma unânime, das informações dos Estados membros, e deve ser concluída em 2011. No momento, o SIB está no processo de concluir a digitação dos documentos que tratam dos trabalhadores forçados. Ao mesmo tempo, o escaneamento dos documentos dos campos para as pessoas deslocadas já começou. Essas pessoas eram sobreviventes dos campos de concentração ou dos campos de trabalho forçado; alguns eram prisioneiros de guerra libertados após o final da Segunda Guerra Mundial. Setenta por cento do material conservado pelo SIB já está disponível em forma digital. " As três principais tarefas, e aquelas que o SIB vai dar prioridade no futuro imediato, são garantir uma resposta rápida e confiável às solicitações, digitação completa e sistemática dos documentos, e desenvolvimento da pesquisa histórica " , afirma o diretor do SIB, Reto Meister.
Mais informações:
Kathrin Flor, ITS, +49 170 900 8495
Claudia McGoldrick, CICV, +41 79 217 3216