Cerimônia de abertura do Sistema Internacional de Buscas em Bad Arolsen

30-04-2008 Declaração oficial

O Sistema Internacional de Buscas em Bad Arolsen, Alemanha, tem mais de 50 milhões de documentos sobre a perseguição, a exploração e o extermínio de milhões de civis pelos nazistas. A recente abertura dos arquivos para a pesquisa histórica foi celebrada hoje com uma cerimônia organizada em Bad Arolsen. A vice-presidente do CICV, Christine Beerli, fez a seguinte declaração para a imprensa.

Na qualidade de organismo que dirige e administra o Serviço Internacional de Buscas (SIB), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) teve um interesse especial na abertura para a pesquisa histórica dos arquivos do Serviço de Buscas e na entrega de cópias digitais desses documentos para os integrantes da Comissão Internacional. O SIB é governado pela Comissão Internacional do Serviço Internacional de Buscas (CISIB), formada por 11 países, segundo os Acordos de Bonn, de 1955, e seus Protocolos, de 2006. Os seguintes países fazem parte da Comissão: Bélgica, França, Alemanha, Grécia, Israel, Itália, Luxemburgo, Holanda, Polônia, Grã Bretanha e Estados Unidos. O CICV administra o SIB em nome da CISIB.

Estamos muito satisfeitos com os desdobramentos atuais. Ao longo dos últimos 18 meses, os 11 países da Comissão Internacional, o CICV, o governo alemão e o próprio SIB deram um passo significativo.

Nós do CICV devemos fazer todos os esforços para promover o progresso na digitação dos documentos do SIB; porque isto é essencial para a troca de informações entre os Estados membros da Comissão. Portanto, devemos garantir que o Serviço de Buscas esteja em condições de atender aos desafios trazidos pela abertura dos arquivos. É uma questão de organização interna, mas também de um acesso mais efetivo à documentação, por meio de um sistema de catalogação mais ampliado.

Não há dúvidas de que o imenso valor dos documentos históricos em Bad Arolsen será agora revelado para o grande público. Na minha opinião, o significado disso não pode ser suficientemente avaliado. A memória dos horrores da Segunda Guerra deve ser mantida viva. Devemos isso, e a Alemanha e a Europa de vem isso, às vítimas do Holocausto, aos seus descendentes, e a todas as futuras gerações, que devem aprender com os acontecimentos do passado.

Nos últimos 60 anos, o SIB forneceu importantes serviços para os sobreviventes do regime nazista e os descendentes das vítimas. Ajudou a esclarecer e a documentar o que aconteceu às vítimas e a registrar esses fatos para a posteridade. Com a abertura dos arquivos para a pesquisa histórica, este trabalho vai continuar. De fato, será fortalecido e atingirá outro nível.

Para o CICV, esta nova tarefa e o declínio gradual do número de casos de preocupação humanitária processados pelo Serviço Internacional de Buscas levanta a questão do futuro papel da organização no SIB. Em 1955, os aliados ocidentais pediram ao CICV, na condição de organização independente e neutra, para ser responsável pela gestão e administração do SIB. A organização tem se encarregado desta tarefa há muitos anos e está totalmente consciente da sua importância. No entanto, agora chegou a hora de se dedicar a novas formas de supervisão administrativa que se impõem para uma instituição estabelecida cujo campo de atividade foi ampliado.

Nós, do CICV, estamos procurando mais autonomia para o Sistema Internacional de Buscas. Devemos preparar a organização para os novos desafios e nos interessarmos ativamente nas deliberações da Comissão Internacional quanto ao seu futuro.

  Mais informações:  

  Claudia McGoldrick, CICV Genebra, tel: +41 22 730 2063  

  Kathrin Flor, SIB, tel: +49 5691 629 116  

  Ou visite o site do Sistema Internacional de Buscas:  

  www.its-arolsen.org