CICV continua comprometido com a população do Sudão do Sul
Destaques operacionais de 2017
Chegando ao seu quarto ano, a guerra civil no Sudão do Sul está causando um agravamento das condições humanitárias em todo o país. O conflito cobrou inúmeras vidas e obrigou milhões a se deslocarem das suas casas sem poder satisfazer as suas necessidades mais básicas. A insegurança alimentar atingiu um nível altíssimo, nunca antes visto, com seis milhões de pessoas que não obtiveram quantidades suficientes de comida.
O CICV continuou trabalhando nas linhas de frente da crise durante todo 2017, prestando assistência vital às pessoas mais vulneráveis. Isso incluiu combater a insegurança alimentar e doenças com a distribuição de ajuda alimentar de emergência e mantimentos, bem como melhorar as estruturas de água e saneamento em comunidades remotas e com carências alimentares. Ao mesmo tempo, o CICV distribuiu sementes, ferramentas e redes de pesca para ajudar as comunidades vulneráveis afetadas pelo conflito a se recuperarem.
Em 2017 também ocorreram combates intensos e as linhas de frente se moveram. O CICV teve de sair dos estabelecimentos de saúde que apoiava em Waat, Kodok e Maiwut. Mas continuou apoiando os centros de Old Fangak, Ganyleil e Akobo para garantir que os serviços de saúde continuassem sendo prestados.
Nesse mesmo ano, praticamente dobrou a quantidade de feridos evacuados pelo CICV, comparado com 2016. Ao mesmo tempo, o CICV manteve o apoio às estruturas de saúde, incluindo o Hospital Militar de Juba e o Hospital Escola de Wau e várias unidades de saúde primária em lugares remotos.
Durante todo o ano, o CICV visitou regularmente milhares de detidos no país para monitorar as condições de detenção e apoiar as autoridades carcerárias. Com a finalidade de melhorar as condições de vida dos detidos em alguns locais, o CICV prestou assistência que contribuiu para melhorias na alimentação, água e saneamento e reabilitação das estruturas.
Em setembro, o CICV sofreu a perda trágica de um funcionário. O motorista Lukudu Kennedy Emmanuel Laki foi morto a tiros enquanto ajudava a distribuir assistência às vítimas do conflito em Equatoria Ocidental. Consequentemente, a organização suspendeu imediatamente a maioria das suas atividades na região, retomando-as um mês mais tarde, após receber as garantias de segurança das partes correspondentes. Kennedy foi o primeiro funcionário a perder a vida no país desde o início do conflito em dezembro de 2013.
Como uma organização neutra e independente, o CICV mantém um diálogo com todas as partes em conflito para obter apoio ao seu trabalho humanitário e acesso às comunidades que sofrem. À medida que os confrontos entram no quinto ano, o CICV continua comprometido com a proteção e a assistência às pessoas afetadas pelo conflito no Sudão do Sul.
Destaques no nosso trabalho no Sudão do Sul em 2017.
Distribuiu 61,7 mil cestas alimentares mensais, equivalentes a 7,3 mil toneladas métrica de alimentos, a 557,9 mil pessoas necessitadas | |
Melhorou o acesso à água potável segura para 242 mil pessoas | |
Evacuou 834 feridos por armas e tratou 1.685 pacientes em total nos hospitais que apoia | |
Visitou 50.050 detidos em todo país. | |
Facilitou65.890 telefonemas entre familiares separados pelo conflito. | |
Reuniu 92 pessoas vulneráveis, incluindo crianças, com as famílias. |