Ilhas Falkland/Malvinas: Identificação forense de soldados argentinos nas ilhas começa hoje
Genebra (CICV) – "As famílias cujos entes queridos nunca foram identificados precisam de respostas para deixar o passado para trás, seguir adiante e fechar um ciclo", afirma o chefe do projeto de identificação dos restos mortais de soldados argentinos enterrados no cemitério de Darwin, nas Ilhas Falkland/Malvinas, para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Laurent Corbaz. Assim o conta enquanto começa o trabalho nas ilhas.
O CICV decidiu aceitar esta tarefa delicada com base no seu mandato humanitário, nas necessidades e interesses das famílias, e na sua experiência de longa data na identificação de restos mortais em conflitos passados e atuais no mundo todo.
"O compromisso da organização é de levar a maior quantidade de respostas possível para as famílias que querem que os seus entes queridos sejam identificados, independentemente de quanto tempo já tenha passado", acrescentou Corbaz.
A equipe forense do CICV tratará os restos mortais com sumo respeito durante todo o processo. Os restos exumados serão trasladados a caixões e imediatamente enterrados de volta nas mesmas tumbas de onde foram retirados. No final do processo, as tumbas e o cemitério serão restaurados ao seu estado original.
O CICV está envolvido nos complexos preparativos logísticos para esta missão desde o início deste ano. Foi necessário ter tudo organizado para trazer a equipe forense e garantir as condições ideais para recolher as amostras de DNA e transportá-las de maneira eficiente para os laboratórios forenses para análise na Argentina, Espanha e Reino Unido.
Os governos da Argentina e do Reino Unido concordaram em fazer o possível para identificar os restos mortais dos soldados que morreram durante o conflito internacional entre os dois países em 1982, em conformidade com as obrigações segundo Direito Internacional Humanitário (DIH), também conhecido como direito do conflito armado. Este acordo resultou na assinatura do Plano de Projeto Humanitário que foi recentemente confiado ao CICV com a tarefa de identificar os restos mortais dos soldados.
As designações empregadas nesta declaração não implicam um endosso oficial, nem a manifestação de qualquer opinião por parte do CICV referente ao status legal de qualquer território ou referente à delimitação das suas fronteiras e limites. Sempre que um território recebe denominações diferentes das partes envolvidas, o CICV usa os nomes em conjunto, em ordem alfabética segundo o idioma francês.
Mais informações:
Elodie Schindler, CICV Genebra, tel: +41 79 536 92 48 (francês/espanhol/inglês)
Sandra Lefcovich, CICV Brasília, tel: +55 619 81 75 15 99 (espanhol/português)
Matthew Morris, CICV Londres, tel: +44 7753 809 471 (inglês)