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Israel e Territórios Ocupados: principais fatos e números desde 7 de outubro de 2023

Mais de nove meses após o início das recentes hostilidades entre Israel e o Hamas e outros grupos armados em Gaza, a violência – sem precedentes em escala e natureza – continua causando graves consequências à população civil em Israel e no território palestino ocupado.

Baseando-se em seu forte mandato e sua presença duradoura, e aproveitando inicialmente a sua capacidade de emergência instalada, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) adaptou e intensificou rapidamente sua resposta para atender às novas necessidades em Israel e Gaza. Também reforçou sua resposta na Cisjordânia para abordar as consequências humanitárias do aumento acentuado da violência, fortalecendo ainda mais a capacidade das pessoas de lidar com o impacto das políticas de ocupação prolongada.

O CICV trabalha em estreita coordenação com seus parceiros do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em particular com o Crescente Vermelho Palestino e o Magen David Adom, e continua trabalhando em estreita colaboração com prestadores de serviços locais, comunidades e outros parceiros no terreno.

Apresentamos a seguir um resumo da nossa resposta até agora, incluindo os programas que abordam as necessidades atuais e emergentes em Israel e nos territórios ocupados:

Diálogo sobre respeito ao Direito Internacional Humanitário e proteção de civis

  • Dialogamos com as partes no conflito armado para lembrá-las de suas obrigações no âmbito do Direito Internacional Humanitário (DIH) e, em particular, das normas que determinam a condução das hostilidades, a proteção de pessoas civis e de infraestruturas civis, a proibição da tomada de reféns, a proteção da missão médica, o acesso da população civil aos serviços essenciais, o tratamento e os direitos familiares das detidas e a gestão digna dos restos mortais.
  • Monitoramos o respeito pelo DIH em Israel e nos territórios ocupados, externando nossas preocupações junto às partes em conflito e fazendo recomendações concretas para prevenir violações do DIH e minimizar o sofrimento humano, como parte de nosso diálogo bilateral e confidencial contínuo.
  • Realizamos intervenções diárias em tempo real com o objetivo de garantir uma melhor proteção da população civil e da missão médica.
  • Promovemos um maior entendimento e apoio ao DIH e à ação humanitária baseada em princípios junto a partes interessadas e atores influentes nacionais e internacionais.

Reunião de famílias separadas
 

  • Facilitamos a libertação, transferência e retorno de 109 reféns de Gaza para suas famílias.
  • Facilitamos a libertação, transferência e retorno de 154 palestinos de locais de detenção israelenses para suas famílias.
  • Recebemos 8.742 solicitações de familiares que buscavam esclarecer o destino e o paradeiro de seus entes queridos por meio dos canais existentes e de linhas diretas de emergência adicionais em árabe, hebraico e inglês. Até o momento, 2.230 casos foram encerrados devido ao restabelecimento de laços familiares.
  • Mantivemos contato com 54 famílias de 86 pessoas feitas reféns em Gaza para recolher informações relevantes e explicar a natureza e as modalidades de nosso trabalho.
  • Entramos em contato com 7.429 famílias de 8.617 palestinos dados como desaparecidos em Gaza para coletar informações relevantes que nos ajudem a esclarecer o destino e o paradeiro de seus entes queridos.

Gestão digna de pessoas falecidas
 

  • Distribuímos mais de 46 mil itens forenses para facilitar a gestão digna, a identificação e eventual devolução de restos mortais às suas famílias. Foram distribuídos 1,2 mil itens, incluindo máscaras faciais, protetores faciais e sacos de coleta para objetos pessoais em Israel. Mais de 45 mil itens, incluindo máscaras faciais, botas, aventais, etiquetas corporais e sacos mortuários foram distribuídos para prestadores de primeiros socorristas em Gaza, incluindo o Crescente vermelho Palestino, a Defesa Civil e o Ministério da Saúde e seu Departamento Forense.
  • Prestamos apoio técnico ao Centro Nacional de Medicina Forense de Israel, incluindo recomendações sobre a estruturação de laboratórios de antropologia forense para aumentar a capacidade de identificação em casos complexos. Continuamos trabalhando com o laboratório de DNA de assuntos mortuários das Forças de Defesa de Israel (IDF) para reforçar sua capacidade de gestão em casos complexos de pessoas desaparecidas e mortas em conflitos armados, incluindo o intercâmbio de especialistas com o Centro de Genética do CICV em Tbilisi, Geórgia.
  • Avaliamos a capacidade local em Israel e Gaza de modo a permitir a identificação, recuperação e devolução de restos mortais às suas famílias.
  • Desenvolvemos ferramentas e fluxos de trabalho para coletar e preservar dados relacionados à gestão de pessoas falecidas, garantir acesso futuro, aumentar as probabilidades de identificação e dar suporte a possíveis esforços futuros de recuperação forense.
  • Colaboramos com o Ministério da Saúde, o Crescente Vermelho Palestino, a Defesa Civil e o Ministério de Dotações em Gaza para compreender melhor as necessidades e lacunas na gestão de pessoas falecidas, aprimorar as respostas e práticas e prevenindo mais casos de pessoas desaparecidas.

Monitoramento das condições de detenção
 

  • Continuamos apelando às autoridades israelenses para que voltem a informar o CICV sobre o paradeiro de milhares de palestinos detidos por Israel e permitam a retomada das visitas do CICV e dos contatos familiares de pessoas detidas. Também entramos em contato com mais de 1.080 pessoas libertadas - por meio de entrevistas individuais ou em grupo - para coletar informações sobre o tratamento que receberam e as condições de sua detenção, o que serviu de base para nosso compromisso com as autoridades.
  • Continuamos nosso diálogo com o Hamas, pedindo a libertação incondicional dos 116 reféns que presumivelmente ainda detidos em Gaza e apelando por seu tratamento humano, acesso à assistência de saúde adequada e restabelecimento do contato com suas famílias. Também pedimos acesso a estas pessoas.
  • Visitamos 493 pessoas detidas em 15 lugares de detenção no território palestino ocupado - um em Gaza e 14 na Cisjordânia - para avaliar e monitorar seu tratamento e condições de detenção.

Apoio a pessoas vulneráveis
 

  • 41.445 pessoas vulneráveis (8.289 famílias) em Gaza, em sua maioria deslocadas internamente pelas hostilidades em curso, receberam assistência em dinheiro para cobrir necessidades básicas.
  • 1.117.848 pessoas deslocadas (232.969 famílias) alojadas em abrigos não pertencentes à ONU em Gaza, Khan Younis e na região central receberam utensílios domésticos essenciais, incluindo cobertores, galões, lonas e kits de higiene.
  • 199.509 pessoas vulneráveis, incluindo crianças, mulheres grávidas e pessoas deslocadas em toda a Faixa de Gaza, receberam barras de alto valor nutricional.
  • 25 mil pessoas vulneráveis receberam uma refeição todos os dias desde meados de março, graças ao apoio do CICV a cinco cozinhas comunitárias em Rafah.
  • 15.149 pessoas vulneráveis receberam pacotes com alimentos prontos para consumo em Gaza.
  • 909 palestinos que estavam detidos e foram libertados por Israel regressaram a Gaza e receberam assistência monetária, 342 das quais receberam vestuário básico.
  • Na Cisjordânia, 545 pessoas vulneráveis (109 famílias) receberam subsídios em dinheiro para apoiar a produção pecuária, 46 estudantes diplomados receberam formação vocacional na Universidade Politécnica de Hebron, seis famílias vulneráveis tiveram acesso a subsídios em dinheiro para iniciar atividades geradoras de renda, e 222 famílias vulneráveis receberam ajuda financeira para ajudá-las a se recuperar das consequências de incidentes de violência específicos na Cisjordânia.
  • 252 famílias cujas casas foram demolidas em vários locais da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, receberam assistência monetária para ajudá-las a satisfazer suas necessidades imediatas.

Assistência e apoio às respostas médicas de emergência
 

  • Fornecemos 900 toneladas de materiais médicos, incluindo dispositivos ortopédicos, kits para o tratamento de feridos por armas, kits de curativos, medicamentos e kits médicos de emergência para 15 estabelecimentos de saúde locais e para o Ministério da Saúde.
  • Como parte de seu trabalho no Hospital Europeu de Gaza desde 1 de novembro de 2023, as equipes cirúrgicas realizaram 3.521 procedimentos, dos quais 91,6% foram cirurgias gerais, 5,6% cirurgias reconstrutivas e 2,8% cirurgias ortopédicas; 62,2% dos pacientes eram homens e 37,8% mulheres.
  • Mais de 3.669 pacientes receberam cuidados pós-operatórios, e nossas equipes aplicaram 5.126 curativos para pacientes com queimaduras complexas.
  • Oferecemos cerca de 1,5 mil sessões de apoio emocional desde novembro e realizamos 46 sessões individuais e 10 sessões familiares para fornecer cuidados básicos de saúde mental de emergência e apoio psicossocial a pacientes, familiares e/ou cuidadores no Hospital Europeu de Gaza desde o final de março.
  • Realizamos 3.021 sessões de reabilitação física precoce e entregamos 56 cadeiras de rodas para pacientes no Hospital Europeu de Gaza.
  • Enviamos duas equipes cirúrgicas ao Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah, sul de Gaza - especializadas no tratamento cirúrgico de feridos por armas - e vários outros especialistas para prestarem assistência integral à saúde.
  • Implantamos uma equipe extra cirúrgica no hospital de campanha do CICV em Rafah, Gaza - especializada no tratamento cirúrgico de feridos por armas - e vários outros especialistas para assistência integral à saúde. Desde a inauguração, o Hospital de Campanha da Cruz Vermelha realizou 9.785 consultas; 419 pacientes foram admitidos; e as equipes cirúrgicas realizaram 382.106 procedimentos, 8,4% dos quais foram cirurgias ortopédicas e 55,7% foram cirurgias para pacientes feridos por armas. No total, 98,4% dos procedimentos cirúrgicos foram realizados em pacientes feridos por armas.
  • Facilitamos o parto de 70 mulheres no Hospital de Campanha da Cruz Vermelha.
  • Respondemos a vários eventos de vítimas em massa no Hospital de Campanha da Cruz Vermelha. Durante os últimos 10 dias de junho, ocorreram três grandes incidentes, e o Hospital de Campanha recebeu 104 pacientes, 20% dos quais estavam em condições críticas e 10% estavam em condições irrecuperáveis.
  • Realizamos 96 sessões individuais e familiares no Hospital de Campanha da Cruz Vermelha nos últimos dois meses. Foi realizada uma avaliação para apoiar o programa “Ajudar Quem Ajuda”.
  • Oferecemos 302 sessões iniciais de fisioterapia no Hospital de Campo da Cruz Vermelha.
  • Fornecemos cerca de 243 cadeiras de rodas e 1.950 tipos diferentes de dispositivos de assistência (por exemplo, andadores e muletas) aos sete principais hospitais do Ministério da Saúde em toda a Faixa de Gaza (Hospital Europeu de Gaza, Hospital Al Shifa, Hospital Nasser, Hospital Beit Hanoun, Hospital Al Aqsa, Hospital Indonésio e Hospital Al Najjar).
  • Fornecemos cerca de 300 cadeiras de rodas à Sociedade de Amigos do Paciente do Centro de Reabilitação Abu Raya, em Ramallah.
  • Fizemos 280 intervenções em tempo real para facilitar o acesso e a passagem segura das ambulâncias do Crescente Vermelho Palestino que prestam assistência médica a pessoas feridas devido à violência na Cisjordânia.
  • Fornecemos dois equipamentos de tratamento por pressão negativa para feridas ao Hospital Jenin, na Cisjordânia.
  • Fornecemos mais de 1 mil litros de fluidos intravenosos a estabelecimentos de saúde de emergência na Cisjordânia.
  • Apoiamos o Crescente Vermelho Palestino na Cisjordânia fornecendo 26 kits de materiais médicos, 2,4 mil litros de fluidos e seis itens protéticos e ortopédicos.
  • Oferecemos dois cursos de formação à Associação de Centros de Crise de Estupro em Israel, para apoiá-la na organização de oficinas técnicas a seus funcionários, abordando a prestação de serviços de saúde mental e o apoio psicossocial às vítimas de violência sexual em conflitos armados.

Acesso à água potável e à energia
 

  • Ajudamos mais de 1 milhão de pessoas dentro e ao redor da Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Beit Lahia, Khan Younis e Rafah a recuperar o acesso à água potável através do apoio aos prestadores de serviços locais na operação, abastecimento e reparação de instalações e redes críticas de água e esgoto, e no transporte de água na Faixa de Gaza.
  • Apoiamos 20 mil pessoas deslocadas internamente para permitir seu acesso à água potável em 12 abrigos de Gaza, realizando reparos de emergência em unidades de dessalinização e infraestruturas de saneamento e instalando unidades de tratamento de água alimentadas por energia solar.
  • Ajudamos 95 mil pessoas deslocadas na região central da Faixa de Gaza a terem acesso a água potável, apoiando trabalhos de reparação na central de dessalinização da água do mar e possibilitando que a central retomasse suas operações e duplicasse sua produção, alcançando 1.400 m³ por dia.
  • Equipamos três estruturas do fornecedor local de electricidade em Gaza (GEDCo) com sistemas solares para garantir a continuidade operacional mínima dos serviços. Além disso, oferecemos apoio financeiro e materiais provenientes dos estoques de contingência do CICV para permitir que a GEDCo realizasse reparos de emergência na rede elétrica, protegesse infraestruturas críticas e se preparasse para retomar a oferta do serviço assim que as condições de segurança permitissem.
  • Alugamos quatro poços de água em Al-Mawasi, Khan Younis, abastecendo em média 2 mil m³/dia e beneficiando cerca de 600 mil pessoas.
  • Realizamos reparações na rede de água da Cidade de Gaza a jusante da linha Mekorot, garantindo o acesso à água a 6 mil pessoas no norte de Wadi Gaza.
  • Concluímos a manutenção de geradores em instalações essenciais de tratamento de água e esgoto na cidade de Rafah, possibilitando que estas instalações continuem funcionando e prestando serviços de saneamento que reduzem o risco de doenças transmissíveis para as mais de 1,4 milhão de pessoas que vivem atualmente em Rafah.
  • Apoiamos o fornecimento emergencial de energia e o racionamento de combustível em 14 hospitais de Gaza por meio de projetos já existentes do CICV relacionados à manutenção, otimização e resiliência da frota geradora no setor de saúde pública.
  • Apoiamos a instalação de unidades de osmose reversa em seis hospitais e clínicas em Gaza: Al-Aqsa, Nasser, Najjar, unidades do Hospital Europeu de Gaza, Hospital Maternidade dos Emirados, em Tal Sultan, e a clínica Shuhada, permitindo que 1 mil pacientes em diálise renal e 75 mil pessoas deslocadas internamente em busca de abrigo nestes hospitais tenham acesso à água potável.
  • Fornecemos peças de reposição para geradores, filtros de óleo e combustível para o Hospital Kamal Adwan e o Hospital Indonésio, no norte de Wadi Gaza.
  • Construímos mais de 1.770 latrinas em Al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, proporcionando melhor acesso ao saneamento para 17,7 mil pessoas deslocadas que vivem em tendas.
  • Apoiamos o fornecimento emergencial de água e energia para o Hospital Europeu de Gaza, inclusive através da entrega de duas bombas de água, 250 metros de tubulação de água e mais de 1,5 mil metros de cabos para conectar o hospital com poços de água e garantir o seu abastecimento. O apoio significativo prestado antes do atual período de hostilidade (através de geradores, atualização e sincronização de redes elétricas e painéis de distribuição, instalação de películas etc.), somado à assistência prestada pelo CICV, contribuiu para que o Hospital Europeu de Gaza continuasse a funcionar de modo relativamente seguro durante a crise atual.
  • Ajudamos 5 mil pessoas na área H2 de Hebron a terem acesso a sistemas melhorados de águas residuais e drenagem, fornecendo apoio técnico e material ao município de Hebron, na Cisjordânia.
  • Apoiamos a Autoridade Palestina da Água na Cisjordânia para que 6 mil pessoas na vila de Qariout e 13 mil pessoas na vila de Burin tivessem melhor acesso à água.
  • Fornecemos apoio técnico e material ao Conselho da Vila de Ein Al-Beida, no Vale do Jordão, para melhorar o acesso de 1.750 agricultores à eletricidade.
    ● Apoiamos 50 famílias na área H2 de Hebron com painéis solares para melhorar seu acesso à eletricidade.

Prevenção dos riscos de contaminação por armas
 

Com o Crescente Vermelho Palestino, o CICV ajudou a conscientizar civis, bem como trabalhadores humanitários, profissionais médicos e outros trabalhadores na linha de frente em Gaza, sobre os riscos da contaminação por armas e resíduos explosivos de guerra:

  • Distribuímos mensagens de conscientização por SMS para 800 mil números telefônicos.
  • Distribuímos 10 mil livros de colorir para conscientizar as crianças deslocadas internamente.
  • Promovemos o comportamento mais seguro de 5.047 civis através de campanhas com cartazes e 210 sessões de grupo para populações afetadas atendidas por hospitais, escolas e abrigos.
  • Divulgamos mensagens de conscientização através de estações de rádio locais e plataformas de redes sociais.

Comunicação com as pessoas afetadas
 

  • Recebemos solicitações de 158.806 pessoas em Gaza, na Cisjordânia e em Israel preocupadas com questões relacionadas à proteção para acompanhamento do CICV.
  • Implementamos duas linhas diretas – em árabe, hebraico e inglês – dedicadas a pessoas que procuram restabelecer contato ou saber o destino e o paradeiro de seus familiares.
  • Reforçamos o Centro de Contato Comunitário (CCC) do CICV em Gaza e instalamos dois centros adicionais para atender as pessoas afetadas pelo conflito e pela violência em Israel e na Cisjordânia.
  • Atendemos 46.103 ligações telefônicas de pessoas em Israel, Gaza e Cisjordânia preocupadas com a perda de contato com entes queridos, buscando apoio para a evacuação de pessoas feridas ou sitiadas pelas hostilidades, ou que solicitaram assistência (por exemplo, itens alimentícios, não alimentícios, água e eletricidade).
  • Continuamos trabalhando em estreita colaboração com as comunidades locais e prestadores de serviços para envolvê-los nas avaliações de necessidades do CICV e na concepção, execução e avaliação de seus programas.

     

Fortalecimento da resiliência dos serviços essenciais em Gaza para melhorar a preparação e a capacidade de resposta às consequências humanitárias das hostilidades

Ao longo dos anos, o CICV tem prestado apoio a sistemas de serviços essenciais e críticos em Gaza para que continuem funcionando e atendendo a população civil durante as hostilidades, incorporando uma abordagem de resiliência operacional nos programas em andamento do CICV. O objetivo geral é permitir que os serviços essenciais, assim como as comunidades, lidem melhor e por mais tempo durante as hostilidades.

Muitas das bases para esse fim foram lançadas antes das hostilidades atuais e ajudaram os setores de água, esgoto e energia a permanecerem resilientes por mais tempo do que teriam sido sem elas:

  • Melhoramos e reabilitamos o Departamento de Emergência do Hospital Al-Shifa, principal hospital de referência durante as hostilidades na Cidade de Gaza, aumentando sua capacidade de tratar o enorme fluxo de feridos.
  • Instalamos linhas de energia exclusivas, adicionando flexibilidade ao operador da rede elétrica e permitindo uma entrega priorizada de eletricidade para serviços essenciais e instalações críticas de saúde, água e esgoto durante as escaladas.
  • Instalamos interruptores elétricos controlados remotamente na rede, aumentando o controle dos provedores de serviços de eletricidade, fornecendo redundância à rede e minimizando interrupções causadas por danos comuns durante escalonamentos.
  • Instalamos sistemas de monitoramento e controle remotos em instalações de água e esgoto, diminuindo a necessidade de expor a equipe de manutenção a operações no terreno perigosas e permitindo uma compreensão mais rápida de danos específicos, diminuindo assim as interrupções do sistema.
  • Fornecemos e mantivemos veículos de equipamentos pesados, melhorando a eficiência dos funcionários do provedor de serviços de água ao reparar danos causados ​​à rede de água e esgoto.
  • Distribuímos armadilhas ecológicas aos agricultores como uma alternativa econômica e de baixa manutenção aos pesticidas químicos, garantindo a proteção contínua das árvores contra pragas, mesmo quando as escaladas colocam em risco ou restringem o movimento e os agricultores não conseguem visitar suas plantações por um longo tempo.