Funcionários de alto escalão das Polícias de 15 países das Américas se reúnem de 17 a 19 de novembro, em Cusco, Peru, para analisar os desafios da violência urbana e buscar possíveis soluções que contribuam para reduzir o custo humanitário nas comunidades vulneráveis do continente.
O impacto da violência armada sobre as pessoas, em particular os jovens, que moram em zonas de risco, apresenta uma série de desafios para as autoridades, força pública e atores humanitários da região, que devem estar preparados para responder e, ao mesmo tempo, reduzir os custos humanitários.
"Já faz alguns anos, muitas zonas das Américas vivem em uma permanente insegurança que provoca grande quantidade de vítimas. Os índices elevados de homicídio, violência sexual, ameaças e extorsão, são alguns dos fatores que causam medo e estigma. A estas consequências diretas, somam-se a migração, os deslocamentos, o desaparecimento de pessoas, o recrutamento em quadrilhas e diversos problemas que afetam a saúde mental", expressou o chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para Peru, Bolívia e Equador, Philippe Guinand.
Para tanto, os especialistas convidados das Américas e Europa falarão sobre temas gerais (como os desafios que representam o poder de fogo dos grupos armados, a violência urbana e o acesso aos serviços básicos, ou os membros da Polícia como vítimas) e sobre casos concretos correspondentes a Brasil, Chile, México e Peru, entre outros contextos.
O III Colóquio Internacional sobre Boas Práticas Policiais – Redução do Impacto Humanitário da Violência Urbana está organizado pelo Ministério do Interior do Peru, pela Polícia Nacional do Peru e pelo CICV. Este é o terceiro colóquio internacional desta natureza realizado no continente. O primeiro aconteceu no Equador, em 2016, e o segundo no Chile, 2017. A iniciativa de reunir funcionários de alto escalão das Polícias surgiu com a finalidade de gerar um espaço de diálogo entre as forças policiais para que possam intercambiar, de maneira construtiva, as suas experiências operativas em relação com a violência, o emprego da força e o devido respeito aos direitos humanos.
Para o CICV, é um espaço para compartilhar preocupações de índole humanitária, com o conhecimento que lhe dá a sua ação no terreno. Nesta oportunidade, haverá a participação de 31 oficiais de alto escalão da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai e Peru.
O CICV é uma organização imparcial, neutral e independente cuja missão exclusivamente humanitária é proteger a vida e a dignidade das vítimas de conflitos armados e de outras situações de violência. Além disso, a instituição se esforça para prevenir o sofrimento mediante a promoção e o fortalecimento do direito e dos princípios humanitários universais.
Mais informações:
Dafne Martos, CICV, Lima, tel.: +51 99 756 02 40