Sri Lanka: pessoas afetadas pelo último conflito recuperam estabilidade econômica
Kavitha (29) tem dois filhos pequenos. Ela é viúva e perdeu o marido no conflito. Abriu uma pequena mercearia com a ajuda financeira que recebeu do programa de Iniciativas Microeconômicas e com o dinheiro que ganha ela consegue cobrir as despesas domésticas diárias e poupar para o futuro dos filhos.
Tharmalingam (64) sofreu lesões graves na perna durante o conflito. Ele também perdeu a casa e a terra que ele cultivava para ganhar uma renda. É um agricultor experiente e usou a ajuda financeira recebida do programa de Iniciativas Microeconômicas para recomeçar a cultivar. Ele cuida da safra de frutas e verduras até produzir uma colheita com a qual consiga gerar uma renda para cuidar da esposa e das duas filhas pequenas.
Sellamma teve de criar os três netos depois que o pai deles desapareceu e a mãe se suicidou. Ela os sustenta com a renda que obtém com a criação aves domésticas e trituramento arroz para vender. Fundou ambas as empresas com a ajuda financeira que recebeu do programa de Iniciativas Microeconômicas. Enquanto faz o trabalho doméstico diário, além da morte da filha, Sellamma também tem de lidar com a ausência dos seus dois filhos, que desapareceram, e do marido, que morreu.
Arjunan é peixeiro ambulante e o fornecedor e vendedor de sua empresa. Apesar de ter perdido um braço no conflito, anda de dez a vinte quilômetros todos os dias para comprar os peixes que precisa vender. Tem a esperança de um dia conseguir poupar o suficiente para começar a cultivar safras e aumentar a sua renda.
Sathiyaseelan, um reabilitado liberado, trabalha duramente para desenvolver a sua empresa agrícola de laticínios e aves domésticas. Junto à sua esposa, eles planejam construir uma casa com as suas economias.
Selvarasa era pescador até perder as duas pernas durante o conflito. A canoa que ele recebeu por meio do programa de Apoio de Sustento nas Comunidades o ajudou a recuperar o sustento porque vai pescar nela com o filho. Remenda redes de pesca para ganhar um dinheiro extra a fim de poupar para o ensino superior do filho.
Rohana Athula era agricultor antes de ser deslocado. Voltou a casa após o fim do conflito e voltou a cultivar com o apoio recebido mediante o programa de Apoio ao Sustento nas Comunidades. “As sementes de arroz com casca e o equipamento agrícola que recebemos me ajudaram e ajudaram outros agricultores na comunidade a recomeçar a cultivar arroz com casca”, disse Rohana. “Conseguimos sustentar as nossas famílias e fico feliz porque consegui comprar uma televisão, da qual meus filhos desfrutam”.
Anos depois do fim do conflito em Sri Lanka, as famílias mais vulneráveis ainda enfrentam dificuldades para suprir as suas necessidades econômicas mais básicas. Algumas perderam o arrimo da família, sofreram uma lesão para a vida toda, continuam deslocadas ou têm um parente detido, desaparecido ou que é uma pessoa reabilitada liberada. Essas famílias precisam de ajuda para conseguir chegar ao fim de mês.
No Sri Lanka, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) responde às necessidades de algumas das famílias mais vulneráveis e fornece os meios para satisfazer as necessidades básicas e restabelecer uma vida decente. Apoiamos as famílias vulneráveis no norte e no leste do país para abrirem uma pequena empresa da sua escolha por meio do nosso programa de Iniciativas Microeconômicas, que é realizado junto ao programa de empoderamento de comunidades do governo cingalês. Um membro da família recebe ajuda financeira e treinamento básico para transformar essa empresa em uma fonte sustentável de renda.
Comunidades vulneráveis recebem o apoio necessário para iniciar atividades geradoras de renda mediante o nosso programa de Apoio de Sustento nas Comunidades, que foi projetado para atender necessidades específicas dos setores de pesca, agricultura, pecuária e pequenas empresas. O programa é realizado por meio das nossas organizações nas comunidades, garantindo o controle do projeto e a sua sustentabilidade no longo prazo.