“Não vejo nenhum futuro para os meus filhos aqui em Gaza. Penso tanto nisso que às vezes gostaria que a minha cabeça parasse de funcionar.”
“Não consigo esquecer a sensação de liberdade que a minha terra me dava antes de perdê-la, de poder ir a qualquer lugar com as minha ovelhas.”
“As minhas árvores são como filhos para mim: plantei as sementes, cuidei delas e vi como cresciam durante muitos anos. Quando vejo que foram vandalizadas, sou tomado por um sentimento de perda.”
“Vi as oliveiras que o meu avô plantou queimadas e arrancadas. Passei toda a minha infância ao redor dessas árvores. Foi insuportável perdê-las.”
“Conheço cada pedra neste povoado. Quando tivemos de partir, deixamos mais que um lugar: abandonamos o nosso modo de vida.”
“Quando o meu filho vai trabalhar no campo, não consigo deixar de pensar que alguma coisa ruim vai acontecer com ele. Quero estar com ele todo o tempo.”
“Quando o meu filho vai trabalhar no campo, não consigo deixar de pensar que alguma coisa ruim vai acontecer com ele. Quero estar com ele todo o tempo.”
“Todos os dias, quando meu marido e filho saem para trabalhar, eu rezo para que voltem para casa sãos e salvos. Agora, temos uma câmera de segurança. Passo os meus dias olhando o que acontece do lado de fora para poder avisar para eles ficarem longe quando há problemas.”
“Atravessar o posto de controle no caminho à escola para ver um médico, comprar comida ou visitar um parente é a nossa realidade. Nos acostumamos com isso, já é normal. Mas às vezes me pergunto: por que temos que viver assim?”
Persiste uma forte sensação de paralisia na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
O presidente do CICV, Peter Maurer, visitou Israel e os territórios ocupados nesta semana para escutar e falar com a população de ambos os lados do conflito. Estes retratos são de algumas das pessoas com as quais ele se encontrou.
"Testemunhar essas situações me afetou profundamente como pai e como ser humano", afirmou Maurer. "Toda decisão política responsável deve ser tomada levando em consideração o efeito que terá sobre as vidas das pessoas comuns. Foi uma experiência que me fez pensar: retornar três anos depois e ver que as coisas só mudaram para pior".