Fome no Iêmen
O Iêmen vem sucumbindo a uma morte lenta, com fome e sem medicamentos. De cada dez pessoas, seis sofrem de insegurança alimentar. Nove de cada dez pessoas no Iêmen dependem de ajuda para sobreviver. Muitos precisam tomar uma decisão difícil todos os dias: comprar comida ou remédio? Três anos de um conflito brutal afetaram quase todos os aspectos da vida cotidiana no país.
Fome no Iêmen: em Ibb, uma criança deslocada espera sua vez na distribuição diária de pães para a família, numa padaria apoiada pelo CICV. AL-SHORMANI, Hussam / CICV
Com mais de 20 milhões de pessoas precisando de ajuda, o Iêmen encontra-se a maior crise humanitária do mundo. O Iêmen é um país de 29 milhões de habitantes, dos quais boa parte passa fome: 17,8 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, incluindo 8,4 milhões sofrem insegurança alimentar severa.
A fome estende-se entre os mais vulneráveis. Estima-se que 1,8 milhão de crianças padecem de desnutrição aguda, incluindo 400 mil com de desnutrição severa aguda.
“A sociedade do Iêmen está sucumbindo a uma morte lenta, com fome e falta de medicamentos. É importante expressar a gravidade da situação.” @RMardiniICRC sobre o #Iêmen hoje 03 de abril de 2018
O problema é ainda mais amplo: 90% do que o país precisa depende de importações, incluindo alimentos, remédios e combustível.
Confrontos violentos. Bombardeios contínuos. Surtos de cólera e de outras doenças preveníveis. Diminuição dos cuidados para pacientes com falência renal. Sistema de saúde dizimado.
Não faz muito tempo, as encantadoras ruas estreitas e os mercados tradicionais ferviam com vendedores e turistas. Porém, três anos de um conflito brutal afetaram quase todos os aspectos da vida cotidiana no país.
O tempo está se acabando para a população encurralada no meio do conflito em curso.