Refugiados do Sudão do Sul

O deslocamento forçado é uma das principais consequências do conflito no Sudão do Sul. Quase dois milhões de pessoas fugiram pelas fronteiras do Sudão do Sul e outros dois milhões são deslocadas internas.

 

Com medo, as pessoas deixam suas casas e meios de subsistência em busca de segurança. Até familiares - geralmente idosos sem condições de acompanhar a difícil jornada - ficam para trás.

Refugiados e deslocados passam a viver em difíceis condições, em abrigos improvisados, sob árvores, campos abertos sem refúgio ou lugares isolados de difícil acesso até mesmo à assistência humanitária. 

O número de pessoas famintas e deslocadas no Sudão do Sul é avassalador. A escala impressionante do sofrimento é prova do efeito acumulativo de anos de um estilo de enfrentamento que parece ajustado para aumentar a miséria

Décadas de conflito separaram as famílias. O CICV busca mais de 4,2 mil sul-sudaneses cujos familiares foram dados como desaparecidos. Tragicamente, como há cerca de quatro milhões de habitantes deslocados dentro do país e ao longo das fronteiras, o número de pessoas que não sabem onde estão os seus entes queridos é provavelmente muito maior. Saber a sorte desses familiares daria aos sul-sudaneses a oportunidade de seguir em frente.

Sem comida e sem água, os problemas de saúde entre os refugiados e deslocados não demoram em aparecer. Vivendo em áreas isoladas e de difícil acesso, as pessoas deslocadas em muitos casos só conseguem receber ajuda por meio de lançamentos aéreos. Estes lançamentos representam 70% da nossa entrega de mantimentos.

 

Um ano após a assinatura do acordo de paz, a violência ainda é generalizada no Sudão do Sul, onde os confrontos entre as comunidades ameaçam a vida e a frágil estabilidade do país.Esperamos que o acordo de paz se mantenha. O retorno ao conflito em larga escala no Sudão poderia significar que os civis sejam expostos de novo a ataques deliberados e deslocamentos, apesar de serem protegidos pelo direito internacional.