Beirute (CICV) – Uma equipe cirúrgica especializada do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) com experiência em ferimentos de guerra foi enviada a um hospital no sul de Beirute para oferecer cuidados que salvam vidas e ajudar a aliviar a exausta equipe médica.
O reforço médico surge em um contexto de escalada das hostilidades, de um número crescente de pessoas feridas e de um sistema de saúde que enfrenta um fluxo de pessoas desesperadamente necessitadas.
A equipe cirúrgica – que inclui um médico do pronto-socorro, um cirurgião e um anestesista – tem experiência nos ferimentos únicos e destrutivos causados por armas de guerra. Cooperarão com a atual equipe formada por 22 profissionais do CICV no Hospital Universitário Rafik Hariri, em uma ação estreitamente coordenada com o Ministério da Saúde Pública.
Uma remessa de material médico enviada pelo CICV ao Hospital Universitário Rafik Hariri no início deste mês ajudou a equipar e abastecer a unidade de traumatologia da instituição. A remessa também ajudará uma unidade semelhante no Hospital Governamental Zahle – Elias Hrawi, em Bekaa, para onde outros dez especialistas do CICV, incluindo enfermeiros e médicos, serão enviados em breve.
“Esta assistência crítica proporciona o alívio necessário, mas as necessidades continuam aumentando significativamente”, afirmou a chefe da delegação do CICV no Líbano, Simone Casabianca-Aeschlimann. “Embora a nossa equipe cirúrgica e o nosso material médico ajudem a aliviar o fardo dos prestadores de assistência à saúde, uma ajuda humanitária sustentada e segura é necessária com urgência. A crise humanitária se aprofunda a cada hora.”
As novas remessas de material médico incluem kits de cirurgia de guerra para atender cerca de dois mil pacientes críticos, dependendo da gravidade dos ferimentos, e suprimentos de purificação de água para tratar 50 mil litros de água. Estes serão utilizados para ajudar 19 centros médicos em todo o Líbano, em áreas afetadas por conflitos e áreas para onde as pessoas deslocadas se mudaram.
O CICV continua lembrando a todas as partes no conflito que devem ser tomadas medidas constantes para poupar a população civil e os bens civis na condução de operações militares. Além disso, segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH), as equipes de saúde, juntamente com os estabelecimentos e veículos atribuídos exclusivamente a funções e fins médicos, devem ser respeitadas e protegidas em todas as circunstâncias.
