Todas as famílias da chefatura de Mambisa, território de Djugu, receberam itens essenciais como utensílios de cozinha, sabão e cobertores, além de comida suficiente para um mês. Ao retornarem, depois de fugir de uma série de ataques armados e incidentes violentos em agosto, a maioria encontrou suas casas queimadas e teve seus pertences saqueados. O CICV está ajudando as pessoas que fogem da violência e tentam voltar para casa. O objetivo é atender suas necessidades imediatas, mas a principal preocupação delas é a segurança.
Um dos filhos de Thérèse* foi morto e outros ficaram gravemente feridos. Sua casa foi incendiada durante o ataque à sua vila. “Antes da guerra, vivia aqui com meus nove filhos e meus netos”, explica. “Nossa casa não era muito grande, mas era suficiente para nós. Nunca imaginei que veria o sangue de meus filhos ser derramado em minha casa ou que, de repente, a guerra tiraria ela de mim.
Por muitos anos, Ituri tem enfrentado ciclos de violência – operações militares, confrontos entre grupos armados e um número crescente de incursões, ataques e outras formas de violência, que atingem diretamente à população civil. Isso ocorre apesar de o Direito Internacional Humanitário (DIH) proibir ataques contra civis ou propriedades civis.
As consequências são graves – mortes, ferimentos, deslocamentos em massa, violência sexual, maus-tratos, recrutamento de crianças e a perda de lares e meios de subsistência. O maior custo recai sobre a população civil, que tem arcado com o peso da violência e as consequências das violações do DIH e dos princípios humanitários.