O conflito Israel-Palestina
Uma criança sentada na frente da sua casa, nas torres Al-Nada, no norte de Gaza. Destruído durante a guerra de 2014, o edifício foi reconstruído precariamente para que a família tivesse um teto. CC BY-NC-ND / CICV / Mohammed Talatene
Em junho de 2017, os palestinos cumpriram meio século de vida sob a ocupação militar de mais longa duração da história contemporânea.
Ao longo deste período, os efeitos das políticas de ocupação agravaram os problemas humanitários enfrentados por milhões de palestinos na sua vida cotidiana, negando-lhes qualquer tipo de esperança.
Em uma superfície de 360 quilômetros quadrados, dois milhões de pessoas vivem em Gaza, condicionadas por duras restrições aos seus movimentos e ao transporte de mercadorias.
Isoladas do mundo, famílias em #Gaza precisam de muitas coisas: eletricidade, água, medicamentos, trabalho.
— CICV (@cicv_pt) 8 de abril de 2018
Mas o que mais precisam é de esperança de que suas vidas mudem para melhor.
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Os israelenses, por outro lado, são afetados pela insegurança permanente.
Dado o caráter único e universal do Direito Internacional Humanitário (DIH), é uma obrigação jurídica de todas as partes nos conflitos, sem exceção, respeitar e fazer respeitar as suas normas.
Consequentemente, o direito soberano de Israel de velar pelos seus direitos legítimos em matéria de segurança deve ser equilibrado com a sua obrigação jurídica fundamental de administrar de forma positiva os territórios que ocupa e de satisfazer as necessidades específicas da população palestina.
O estabelecimento e a expansão dos assentamentos ao longo de vários anos, assim como o traçado do muro da Cisjordânia, em contravenção ao DIH, modificaram profundamente o panorama social, demográfico e econômico da Cisjordânia em detrimento da população palestina, já que o desenvolvimento do território como uma nação viável foi obstaculizado e as perspectivas de reconciliação, minadas.
Ibrahim perdeu as pernas no conflito em #Gaza
— CICV (@cicv_pt) 15 de janeiro de 2018
A filhinha dele se estica e se esforça para ajudá-lo a manter a esperança.
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Apesar que cada uma dessas política tem consequências humanitárias diferentes e complexas, o principal denominador comum é a perda contínua de terra palestina.
Homens conversam sentados na porta das suas casas no campo de refugiados Al-Shati, na cidade de Gaza. Mais de 100 mil pessoas que trabalham fora de Gaza continuam buscando uma fonte alternativa de renda. CC BY-NC-ND / CICV / Mohammed Talatene
Na Faixa de Gaza, onde Israel mantém o controle efetivo, a ocupação é sentida, em maior medida, através dos efeitos do fechamento, com um controle estrito das fronterias terrestres e marítimas que limitam os movimentos e o acesso, afetando o desenvolvimento socioeconômico da região.
A pobreza não impede meninos de se divertirem em #Gaza
— CICV (@cicv_pt) 29 de outubro de 2018
A resiliência das crianças em lugares afetados por conflitos é sempre impressionante.
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O papel do CICV no conflito Israel-Palestina
Ao longo dos últimos cinquenta anos, o CICV tem se esforçado para cumprir a sua missão humanitária em Israel e o território palestino ocupado. Desse modo, prestou assistência e proteção não somente às pessoas que vivem sob ocupação, como também às pessoas afetadas em ambos os lados do conflito, como único objetivo de preservar a dignidade humana e de limitar o sofrimento.
Hoje, nosso presidente @PMaurerICRC visitou #Gaza
— CICV (@cicv_pt) 5 de setembro de 2017
para chamar a atenção do mundo para um conflito que já dura tempo demais.
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O CICV insta com frequência, voltando a reiterá-lo, a todas as partes para que cumpram com as suas obrigações e garantam o respeito pelo DIH, sem deixar de buscar formas práticas de melhorar a vida, a saúde e a dignidade de todas as pessoas afetadas.