Gaza: CICV está horrorizado com os estragos causados em instalações e bens do Crescente Vermelho Palestino

01 agosto 2014

Genebra / Tel Aviv / Gaza (CICV) – O CICV está horrorizado com os estragos causados em hospitais, escritórios e bens do Crescente Vermelho Palestino durante o conflito em Gaza. Um complexo do Crescente Vermelho Palestino em Khan Younis foi atacado hoje e cinco membros da família de um dos seus colaboradores foram feridos. Cerca de 250 pessoas se abrigavam no complexo no momento do ataque.

No dia 30 de julho, o principal hospital do Crescente Vermelho Palestino e as suas instalações administrativas – centros para os serviços vitais de emergência e gestão em todo território de Gaza – foram atingidos pelo fogo cruzado.

"A equipe e os voluntários do Crescente Vermelho Palestino trabalham incessantemente, levam ajuda e mantêm viva a esperança; com a intensificação do conflito, os obstáculos ao seu trabalho e os perigos que enfrentam aumentaram de forma alarmante", disse o chefe de operações do CICV para o Oriente Médio, Robert Mardini. "O Crescente Vermelho Palestino realiza um trabalho vital e extraordinário e deve poder continuar trabalhando em segurança. O colapso do espaço humanitário deve ser evitado custe o que custar. Mais uma vez, o CICV faz um apelo a todas as partes para que parem de matar, ferir e pôr em risco os civis e não continuem com a destruição em grande escala dos bens civis", acrescentou Mardini.

Desde o início de julho, dois membros da equipe do Crescente Vermelho Palestino foram mortos em Gaza e mais de 40 colaboradores para situações de emergência foram feridos enquanto trabalhavam. Ademais, pelo menos 26 ambulâncias foram destruídas. Os colaboradores e as ambulâncias do Crescente Vermelho Palestino, assim como os seus hospitais e escritórios, estão claramente sinalizados com o emblema protetor do crescente vermelho.

O CICV especificamente lembra todas as partes sobre a sua obrigação de respeitar e proteger os profissionais de saúde, as ambulâncias e os estabelecimentos, em conformidade com o que está estipulado no Direito Internacional Humanitário (DIH). As partes em conflito devem garantir que os profissionais de saúde não corram perigo ou sejam feridos, e que os hospitais e as ambulâncias não sejam atacados, destruídos ou usados para outros fins que não sejam médicos.

Mais informações:
Ran Goldstein, CICV Tel Aviv, tel: +972 52 27 57 517
Nadia Dibsy, CICV Jerusalem, tel: +972 52 601 91 48
Maria Cecilia Goin, CICV Gaza, tel: +972526019150 ou +972 598935468
Jean-Yves Clémenzo, CICV Genebra, tel: +41 79 217 32 17