Angola: Reunindo famílias deslocadas pela violência armada na República Democrática do Congo

  • A violência armada na região de Kasai, República Democrática do Congo (RDC), no último ano deslocou milhares de famílias. Muitas dessas famílias congolesas fugiram para o país vizinho, Angola, e agora estão instaladas na província de Lunda Norte. Algumas foram separadas dos seus entes queridos quando buscavam um lugar seguro. Aqui, os refugiados congoleses no Centro de Recepção de Cacanda leem informações sobre o serviço de telefonemas oferecido pelo CICV e pela Cruz Vermelha Angolana de modo a ajudá-los a restabelecer contato com os seus familiares.
    CC BY-NC-ND / CICV / Hilton Zvidzayi
  • Durante o seu primeiro telefonema, Maria Nganza estava muito feliz de contar à sua família na RDC que ela estava viva. O filho dela, que está nos seus braços, nasceu no Centro de Recepção de Cacanda depois que ela fugiu da violência na região de Kasai. Cada família tem a oportunidade de fazer uma chamada de dois a três minutos por mês para contar notícias familiares aos seus entes queridos na RDC ou em qualquer lugar do mundo. Mais de 300 chamadas foram feitas durante os quatro dias por semana que o serviço é oferecido no Centro de Recepção de Cacanda e no Centro de Reassentamento de Lóvua.
    CC BY-NC-ND / CICV / Hilton Zvidzayi
  • Bernadette Kibwana preenche uma Mensagem Cruz Vermelha no Centro de Recepção de Cacanda. Ela não conseguiu se comunicar com o irmão através do número de telefone que tinha em duas oportunidades. Há mais de seis meses que ela não fala com a família e tinha a esperança de que a Mensagem Cruz Vermelha pudesse retomar o contato perdido há muito tempo. As Mensagem Cruz Vermelha são breves notícias por escrito que são uma alternativa ao telefonema e que estão disponíveis para os refugiados no caso de eles não terem o número de telefone de um parente ou de o serviço de telefonemas não conseguir estabelecer o contato entre eles. O CICV também está presente na região de Kasai, na República Democrática do Congo, e usará o último endereço conhecido do irmão dela para iniciar a busca para entregar as mensagens.
    CC BY-NC-ND / CICV / Hilton Zvidzayi
  • Nathaniel Mbumba conta como foi a sua jornada da RDC até o Centro de Recepção de Cacanda, Angola. Ele atravessou a fronteira para Angola em abril de 2017 com três dos cinco filhos. Ele usa o serviço de telefonemas do CICV e da Cruz Vermelha Angolana para falar com a esposa e os outros dois filhos que ficaram para trás.
    CC BY-NC-ND / CICV / Hilton Zvidzayi
  • “Que Deus te abençoe” é a mensagem que P.D.G. Kilabi (à direita) ao CICV e à Cruz Vermelha Angolana depois de terem ajudado no reencontro com o irmão mais velho dele, Kimbadi Jean Boslo, em Angola. O CICV conheceu P.D.G. 11 dias depois de ele ter fugido da violência na RDC e ter chegado à Angola. O CICV e a Cruz Vermelha Angolana puderam ligar para o irmão dele que já estava em Angola. O reencontro aconteceu no dia seguinte, 16 anos depois do último contato entre eles.
    CC BY-NC-ND / CICV / Hilton Zvidzayi