Camboja: de campos minados a campos de arroz

O impacto do Tratado de Proibição das Minas vinte anos depois

  • Em 1992, Tith Pao foi buscar lenha com um amigo atrás do campo de refugiados em que viviam. A próxima coisa que ele consegue se lembrar, assim que levantou a perna, foi uma forte explosão. “Olhei para a minha perna e vi que meu pé tinha sido destroçado.”
    CC BY-NC-ND / CICV / Nic Dunlop
  • Depois do acidente, Pao voltou para a sua família que vivia em um campo de refugiados em Rattanak Mondul, localizado no noroeste do Camboja. Logo depois que recebeu uma prótese, ele voltou a buscar lenha na floresta infestada de minas.
    CC BY-NC-ND / CICV / Nic Dunlop
  • Durante anos, Rattanak Mondul estava na linha de frente da guerra civil do Camboja. O Khmer Rouge utilizava minas para atacar as margens do rio usada para mineração, poços, povoados, represas e caminhos dos moradores.
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  • Pao era o sustento da família, mas não havia trabalho no campo de refugiados. Para ter uma renda, ele tinha que arriscar a sua vida. “Ficava muito assustado toda a vez que tinha que ir até a floresta para cortar lenha”, conta, “mas não tinha opção. Precisava sustentar a minha família.”
    CC BY-NC-ND / CICV / Nic Dunlop
  • Quando a guerra finalmente terminou, o Centro de Ação Contra as Minas de Camboja limpou as áreas com minas e artefatos não detonados na cidade natal de Pao. Ele voltou e construiu uma pequena casa para a família um ano depois. Eles vivem nela desde então.
    CC BY-NC-ND / CICV / Nic Dunlop
  • Os resultados concretos dos esforços internacionais para banir as minas terrestres podem ser vistos em todo o Camboja. Hoje, não há sinais da guerra e Rattanak Mondul está livre de minas.
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  • A vida melhorou além das expectativas para Pao. “Estou muito contente de ter a minha terra”, diz. “A terra nos ajuda a sermos independentes.”
    CC BY-NC-ND / CICV / Nic Dunlop
  • “Quando penso naqueles tempos”, conta Pao, “tudo que me lembro é o medo com que vivíamos”, acrescenta. “Agora a vida é como uma árvore que dá frutos.”
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12 março 2018

O papel do CICV, com o seu mandato distinto e presença nas linhas de frente na maioria dos países afetados pelas minas terrestres, tem como foco lembrar as autoridades das suas obrigações, ajudar as vítimas, conscientizar as populações sobre os riscos relacionados e trabalhar com parceiros na remoção das minas. O CICV também visa trabalhar mais na prestação de assistência para as pessoas e comunidades vitimadas pelas minas terrestres nos países que enfrentam dificuldades para atender as necessidades delas