Montevidéu, Uruguai, As visitas aos prisioneiros de guerra, tanto em terra como no mar, foram uma das principais atividades do CICV durante o conflito. Esta guerra foi um raro exemplo de libertação de prisioneiros, tanto durante as hostilidades como depois. Estas foram rapidamente realizadas quando as hostilidades cessaram.
Montevidéu, Uruguai. O navio-hospital britânico HMS Hecla, identificado com o emblema da cruz vermelha, transporta prisioneiros de guerra argentinos. O conflito no Atlântico Sul foi a primeira vez em que a Segunda Convenção de Genebra relativa à guerra no mar foi aplicada.
Montevidéu, Uruguai. A equipe do CICV embarcou no navio-hospital britânico para entrevistar e verificar o estado de saúde dos prisioneiros de guerra argentinos.
Montevidéu, Uruguai. Assinatura do documento para a entrega dos prisioneiros de guerra às autoridades. No dia 2 de junho, o CICV entregou às autoridades argentinas um militar e 23 civis argentinos. Dez dias depois, o CICV participou da libertação de 1.013 prisioneiros de guerra argentinos.
Ilhas Falkland/Malvinas. Helicóptero transporta familiares para visitar as sepulturas dos soldados argentinos enterrados no cemitério de Darwin. Nesta oportunidade, mais uma vez, o CICV agiu como intermediário neutro.
Ilhas Falkland/Malvinas. Em 18 de março de 1991, foram levados pela primeira vez às ilhas 358 familiares de excombatentes mortos. A viagem no Jumbo 747 da companhia Aerolíneas Argentinas alugado pelo governo argentino exigiu vários meses de preparação para se conseguir o acordo entre as partes sobre a maneira como a viagem seria realizada.
Em abril de 2012, o CICV recebeu um pedido do governo argentino para facilitar a identificação dos restos mortais dos soldados argentinos não identificados sepultados no cemitério de Darwin depois do conflito. Em dezembro de 2016, os governos da Argentina e do Reino Unido acordaram fazer todo o possível para concretizar essa tarefa, em cumprimento com o Direito Internacional Humanitário (DIH). A partir desse acordo, surgiu o Plano de Projeto Humanitário (PPH), mediante o qual se encomendou ao CICV a tarefa de identificar 121 sepulturas com restos mortais de soldados.
Buenos Aires, Argentina. Seminário de sensibilização do CICV e da Secretaria de Direitos Humanos e Pluralismo Cultural para integrantes das equipes que entrevistam os familiares de soldados argentinos que estão enterrados no cemitério de Darwin, parte do processo de consulta aos familiares realizado por equipes multidisciplinares argentinas. Este seminário teve um seguimento em 2013, com uma atividade similar.
Ilhas Falkland/Malvinas. Forenses estudam o mapa do cemitério de Darwin. Entre 20 de junho e 7 de agosto de 2017, uma equipe do CICV formada por 14 especialistas forenses provenientes da Argentina, Austrália, Chile, Espanha, México e Reino Unido realizou a exumação, análise, amostragem e documentar cada um dos 122 restos mortais sem identificar enterrados em 121 covas.
Ilhas Falkland/Malvinas. Um especialista organiza o trabalho de campo no cemitério de Darwin.
Ilhas Falkland/Malvinas. Forenses exumam com todo o devido respeito e cuidado os restos mortais de soldados argentinos não identificados.
Objetos pessoais de soldados argentinos foram encontrados durante o trabalho no cemitério.
Ilhas Falkland/Malvinas. O CICV instalou provisoriamente no local um necrotério equipado com alta tecnologia, onde uma análise cuidadosa e respeitosa dos corpos dos soldados foi realizada.
Um especialista organiza os dados do dia de trabalho, assegurando o controle dos processos do trabalho forense.
Cada um dos corpos exumados foi colocado em um novo caixão e sepultado na sua cova original no mesmo dia da sua exumação.
Buenos Aires, Argentina. Reunião de representantes do CICV com o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, para informar o fim do trabalho no terreno e os detalhes da operação. Foram exumados 122 restos mortais em 121 covas no cemitério de Darwin. Foram identificados 90 soldados argentinos.
Genebra. Em dezembro de 2017, o CICV entregou aos embaixadores Héctor Marcelo Cima, da Argentina, e Julian Braithwaite, do Reino Unido, os relatórios de identificação dos soldados argentinos. Entre dezembro e março de 2018, equipes argentinas informaram os resultados de maneira bilateral e confidencial às famílias.
Ilhas Falklands/Malvinas. O governo argentino organizou uma viagem de 214 familiares ao cemitério de Darwin. Agora, familiares de 90 soldados poderão pôr flores nas sepulturas dos seus entes queridos. Com a identificação dos restos mortais, finalmente, muitas perguntas encontraram respostas.
Já passaram quase 37 anos desde o início do conflito armado entre a Argentina e o Reino Unido, pela disputa que mantêm pelas Ilhas Falkland/Malvinas. Estas imagens mostram: o trabalho do CICV na guerra de 1982, a primeira visita ao cemitério de Darwin em 1991 e o trabalho realizado ao receber, da Argentina e do Reino Unido, a missão de executar o plano humanitário forense em 2017, com a finalidade de identificar os soldados sepultados sob as lápides identificadas apenas como "Soldado argentino conhecido somente por Deus".