Zimbábue: começam as buscas

  • Esta imagem é tudo o que Jessina Kokai tem para recordar o filho. Jessina, de 43 anos, fez um pedido de busca para que o CICV ajude a encontrar seu filho Shepherd Murambi, que desapareceu em 2016. Segundo ela, o jovem tem hoje 21 anos.
    CC BY-NC-ND / CICV / Khatija Nxedlana
  • “Dói quando penso na minha mãe.” Essas são as únicas palavras que Erica Tusai, 28, pôde dizer antes de cair em lágrimas apenas por se lembrar da mãe, Monica Tusai. Monica desapareceu quando viajou para a África do Sul em 2006. A dor é ainda maior porque Erica espera o próprio filho.
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  • “A ausência dele é muito dolorosa porque escutamos que os filhos de algumas pessoas voltaram, mas o nosso não. É difícil aguardar e ter a esperança de que ele regressará”, diz Changani Vakisai Mutegwa. Há 30 anos, seu filho Rangarirai deixou a casa da família, no povoado de Mutegwa (distrito de Zaka), para trabalhar na África do Sul. Nunca mais houve notícias dele.
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  • Jackson Mazarira e Eustina Mabutho, sentados do lado de fora de sua casa no povoado de Mazarira (distrito de Zaka) com a oficial no terreno Unita Ndou, do programa de Restabelecimento de Laços Familiares do CICV. Eles fizeram um pedido de busca para o irmão de Eustina, Happison Mabutho, que desapareceu em 2006 ao viajar para a África do Sul.
    CC BY-NC-ND / CICV / Khatija Nxedlana
  • No vilarejo de Chimwango (distrito de Zaka), encontramos Monica Mlambo, 55. Ela procura pelo irmão, Fidas Mlambo, que desapareceu em 2004. Permitir que as famílias recebam respostas claras sobre a sorte dos entes queridos é uma das prioridades do projeto.
    CC BY-NC-ND / CICV / Khatija Nxedlana
25 março 2019

Changani Vakisai Mutegwa, Eustina Mabutho e Erica Tusai – um pai desesperado para encontrar o filho, uma irmã à procura do irmão, uma filha buscando a mãe. Eles representam dezenas de famílias no Zimbábue em busca de familiares que desapareceram ao migrar para a África do Sul atrás de melhores oportunidades.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) viajou recentemente ao distrito de Zaka, na província de Masvingo, para se encontrar com famílias de desaparecidos, reunir o máximo de informações sobre seus entes queridos e ajudá-las com as buscas na África do Sul.

A assistência do CICV faz parte do Projeto Piloto de Migrantes Desaparecidos e Mortos, que está na segunda etapa. O objetivo da iniciativa é garantir que os familiares dos migrantes mortos ou desaparecidos recebam respostas claras sobre a sorte dos entes queridos e melhorar a maneira como as famílias, as autoridades e os forenses compartilham as informações usadas para buscar e identificar esses migrantes.