Mostra fotográfica destaca a dura realidade dos serviços de saúde na Líbia e Somália
- Misurata, noroeste da Líbia, abril de 2011. Combatente ferido chama por socorro em meio à batalha. O DIH estabelece o direito dos feridos e doentes – combatentes portadores de armas e civis sem distinção – de receber tratamento médico em tempo hábil. Em outras situações além daquelas de conflito armado, a mesma proteção é fornecida pelo Direito Internacional dos Direitos Humanos.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00160h.jpg
- Misurata, noroeste da Líbia, abril de 2011. Na linha de frente, médico procura feridos que precisam de assistência.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00129h
- Misurata, noroeste da Líbia, abril de 2011. No hospital da cidade, amigos e parentes choram a morte de uma vítima dos enfrentamentos.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00109h
- Ras Lanuf, norte da Líbia, março de 2011. Uma ambulância retira um combatente morto do hospital de Ras Lanuf para Bengazi, no nordeste do país.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00114h
- André Liohn/CICV v-p-ly-e-00126hRas Lanuf, norte da Líbia, março de 2011. Pegos em meio a um combate, médico e motorista se protegem atrás de uma ambulância. Ataques deliberados contra profissionais, estabelecimentos e transportes de saúde, bem como a feridos e doentes, violam o DIH.
- Misurata, noroeste da Líbia, abril de 2011. Omar Al Guti (ao centro, apoiado na ambulância), de 19 anos, trabalha como motorista de ambulância voluntário. Durante um resgaste em Sirte, a ambulância que dirigia foi atingida por um morteiro e sua perna foi seriamente ferida. Até hoje ele ainda se recupera da lesão.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00127h
- Adjdabia, leste da Líbia, abril de 2011. Integrante de equipe de socorro chora após saber da morte de quatro colegas de trabalho – um médico, duas enfermeiras e um motorista de ambulância – em um ataque aéreo enquanto viajavam de Adjdabia para Brega, no nordeste do país.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00132h
- Adjdabia, leste da Líbia, abril de 2011. Médicos visitam destroços de uma clínica destruída depois de uma semana de violentos ataques. Segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH), estabelecimentos de saúdes devem ser considerados zonas neutras e, portanto, protegidos.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00135h
- Misurata, noroeste da Líbia, março de 2011. Um integrante da oposição armada chega ferido ao hospital. Por causa do seu uniforme, ele foi confundido com um membro das forças do governo e agredido por outros membros da oposição antes de ser atendido.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00145h
- Sirte, região central da Líbia, outubro de 2011. Após a queda do governo, o hospital Ibn Sina foi alvo de ataques que destruíram a maioria das suas dependências, como o centro cirúrgico e quase todas as janelas do edifício. Os pacientes tiveram que ser removidos para os corredores do hospital.André Liohn/CICV v-p-ly-e-00318h
- Mogadíscio, capital da Somália, novembro de 2010. Enfermeiras cuidam de Abdukadir, de 12 anos de idade, no Hospital Medina, um dos maiores da cidade. O menino perdeu oito dedos após abrir uma estranha caixa preta – na verdade, um explosivo não detonado – no caminho para a escola. O hospital é um dos dois estabelecimentos de saúde apoiados pelo CICV na cidade.André Liohn/CICV v-p-so-e-00492h
- Mogadíscio, capital da Somália, novembro de 2010. Médicos do Hospital Medina recebem novo paciente, um civil ferido à bala. Muitos pacientes do hospital são civis vítimas de balas perdidas, disparadas por grupos envolvidos no conflito armado.André Liohn/CICV v-p-so-e-00507h
- Mogadíscio, capital da Somália, novembro de 2010. Paciente ferido na cabeça, viajou mais de 700 km, da região de Galkayo até Mogadíscio, para ser atendido no Hospital Medina. A Somália sofre com a falta crônica de profissionais, estabelecimentos e veículos de saúde após mais de 20 anos de conflito armado.André Liohn/CICV v-p-so-e-00514h
- Mogadíscio, capital da Somália, novembro de 2010. Após serem alvo de ataques, o administrador geral e o chefe de cirurgia do Hospital Medina passaram a receber escolta armada 24 horas por dia.André Liohn/CICV v-p-so-e-00523h
A violência contra feridos, doentes e estabelecimentos e profissionais de saúde é uma das questões humanitárias mais cruciais e, ao mesmo tempo, mais negligenciadas da atualidade. Em conflitos armados em todo o mundo, a violência - seja ela real ou uma ameaça - interrompe os serviços de saúde no momento em que eles são mais necessários. Ao serem impedidos de receber assistência médica, uma garantia dada pelo Direito Humanitário Internacional (DIH), combatentes e civis morrem de lesões que poderiam ser tratadas. Para trazer essa questão à sociedade brasileira, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) realiza em São Paulo a mostra fotográfica ‘Assistência à Saúde em Perigo – Líbia e Somália no olhar de André Liohn’, de 29 de maio a 05 de julho de 2015, na Biblioteca Parque Villa-Lobos.
Com mais de 70 imagens do premiado fotógrafo brasileiro André Liohn (vencedor do Robert Capa Golden Medal 2012), realizadas entre 2010 e 2013, a exposição retrata dois contextos marcados pela violência para exemplificar um problema comum em diversas partes do mundo.