Birgitte: os desafios de ser enfermeira em conflitos
Nexo entrevista enfermeira de unidade de terapia intensiva do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no Iêmen, Birgitte Gundersen.
"Profissionais da saúde fornecem cuidados médicos a qualquer pessoa, sem discriminação. Um médico vai cuidar de você baseado na emergência e na gravidade do seu estado, e não baseado em que lado você está, de onde você é etc. Mirar em um membro de uma equipe médica num momento em que as necessidades são maiores, em momentos de conflito, tem um impacto em tantas vidas - não é só o prédio que desaba, é todo o sistema de saúde", conta Birgitte.
O CICV documentou mais de 2.400 ataques a instalações médicas entre 2012 e 2014. No centro disso estão os profissionais de saúde, como a enfermeira Birgitte Gundersen. Em entrevista ao Nexo, ela fala sobre a dificuldades de trabalhar em condições de conflito armado, as medidas de segurança e a importância dos serviços de saúde. A matéria também traz o depoimento de Tatiana Chiarella, enfermeira do Médico Sem Fronteiras, que também trabalhou no Iêmen.