Brasil: websérie “É mais do que se vê” apresenta os impactos da violência armada na educação

Brasil: websérie “É mais do que se vê” apresenta os impactos da violência armada na educação

A produção audiovisual apresenta histórias de profissionais da educação e de estudantes de cidades brasileiras.
Artigo 26 outubro 2023 Brasil

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em parceria com as Secretarias Municipais de Educação de Fortaleza e do Rio de Janeiro, lançou hoje a websérie "É mais do que se vê: os impactos da violência armada na educação" em seu canal de YouTube. Em oito episódios, vamos contar histórias da comunidade escolar de cidades brasileiras que convivem com os impactos da violência armada em seu entorno e as respostas a esse desafio.

"Este trabalho audiovisual mostra por um lado a realidade que tem que viver os prestadores de serviços públicos essenciais, os professores e diretores das escolas, mas também mostra as respostas e os esforços que vocês estão promovendo desde suas instituições", ressaltou Alexandre Formisano, Chefe da Delegação Regional do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. "Que a websérie venha reconhecer o trabalho de quem está dia a dia e nos dar forças para a gente construir uma sociedade justa e igualitária em que as pessoas sejam felizes", considerou a Secretária Municipal de Educação de Fortaleza.

A websérie é um alerta de que há uma realidade desafiadora. Mas também mostra o caminho para que ações integradas, parcerias interinstitucionais e o desenvolvimento de políticas públicas e medidas que protejam os profissionais e as unidades prestadoras de serviços públicos essenciais das consequências da exposição à violência armada e criem condições favoráveis para o acesso da população aos serviços, como é o programa Acesso mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS).

No primeiro episódio: "Reconquista da escola", profissionais da educação de Fortaleza compartilham os obstáculos que enfrentam devido à violência armada em torno da sua unidade escolar. Eles explicam como o programa AMS os ajudou a recuperar a quadra da escola que anos atrás era utilizada como uma rota de fuga quando havia enfrentamentos armados na comunidade. Já o segundo episódio: "Um dia a dia agitado" relembra uma situação de violência no entorno de uma creche do Rio de Janeiro e como o AMS ajudou a equipe a lidar com o desafio.

"A violência não está dentro da escola. Nós estamos empreendendo nossos esforços para enfrentar essa realidade. Não vamos abrir mão de que nossas crianças sejam felizes e de prestigiar os profissionais da educação que acreditam naquele espaço", encerrou Hugo Nepomuceno, Subsecretário de Articulação e Integração da Rede da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

Siga a playlist da websérie no YouTube

 

Sobre o AMS
A violência armada é um desafio para as pessoas que precisam acessar os serviços públicos essenciais, para os profissionais que atuam nas unidades e também para as autoridades, que se deparam com uma série de dificuldades e barreiras para oferecer os serviços à população.

Em contextos mais sensíveis e inseguros, muitas vezes é necessário interromper diversos serviços que deveriam ser ofertados, ou até mesmo fechar escolas, unidades de saúde, unidades de assistência social, a fim de resguardar a integridade e a vida daqueles que trabalham e/ ou os utilizam.

O AMS visa promover ambientes seguros e fortalecer a resiliência dos profissionais de serviços públicos em áreas afetadas por violência armada. No Brasil, o programa foi adotado em oito cidades. São mais de 40 mil profissionais treinados e 1,5 mil unidades de serviço treinadas, com mais de 4 milhões de pessoas beneficiadas, além das capacitações em outros órgãos municipais.

O AMS trabalha no fortalecimento das capacidades das instituições públicas em matéria de análise de contexto relacionada à violência armada; gestão de riscos; gestão de crise e gestão de estresse. Mudanças no comportamento de profissionais e gestores para fortalecer sua resiliência são promovidas.