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Cruz Vermelha promove formação de equipes de primeiros socorros para contextos sensíveis e inseguros

Para garantir uma resposta humanitária adaptada e com segurança, representantes de Sociedades Nacionais participaram de formação regional em San Bernardino, Paraguai, entre 12 e 16 de junho.

A ação humanitária do Movimento Internacional da Cruz Vermelha com frequência é desenvolvida em contextos de violência, inseguros e em situações de emergência. Essa realidade impõe inúmeros desafios às equipes que realizam o trabalho atenção básica de saúde.

Promovida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e pela Cruz Roja Paraguaya, a atividade busca fomentar capacidades das equipes das cruzes vermelhas, por meio de ferramentas unificadas para atuação frente a situações inseguras e delicadas. Desta forma, espera-se contribuir para uma resposta adequada às necessidades humanitárias e segura para população afetada e voluntariado.

"A capacitação constante nos permite seguir crescendo como Sociedade Nacional e ainda mais quando contamos com a experiência dos nossos colegas do Cone Sul", ponderou o presidente da Cruz Vermelha Paraguaia, Nelson Paniagua.

As Sociedades Nacionais têm profissionalizado sua resposta de atenção primária à saúde na região em áreas como primeiros socorros, atendimento pré-hospitalar e cobertura de saúde. Há alguns anos, atuam em eventos massivos como manifestações, eventos esportivos, festas culturais e eleições. Além disso, muitas vezes também estão presentes em áreas afetadas pela violência armada, em comunidades rurais ou nas grandes cidades.

"Na Federação Internacional da Cruz Vermelha, acreditamos que o desenvolvimento das capacidades em questão de segurança é essencial para que as Sociedades Nacionais possam aplicá-las em suas operações e programas. Nesse sentido, o trabalho realizado entre o CICV e a IFRC é essencial para integrar as ferramentas de Acesso Mais Seguro e segurança operacional, e colocá-las em prática nesses espaços de treinamento", ressaltou a coordenadora de Programas e Operações da IFRC, Melina Miele.

Nos últimos tempos, porém, percebe-se um aumento da insegurança e de nos confrontos entre diferentes grupos que participam dessas atividades, o que pode trazer problemas de integridade para as equipes da Cruz Vermelha. "Ferramentas como o Acesso Mais Seguro (AMS) e Stay Safe são importantes para que as equipes possam se sentir melhor preparadas, tenham um plano de contingência, acesso às comunidades afetadas.

Ao mesmo tempo, contribuem para que as SNs sejam conhecidas por seus princípios de neutralidade e imparcialidade, tão importantes atualmente na função que desenvolvem como auxiliares das autoridades públicas em necessidades humanitárias", explica a coordenadora de Cooperação do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Ximena Pardo.

Durante a semana, os participantes de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai trocaram experiências sobre a metodologia do Acesso Mais Seguro (AMS) - como a análise de contexto e articulação com atores externos, entre outras ações relacionadas ao trabalho de primeiros socorros em grandes eventos e situações de emergência.

Com base nesta experiência, foi elaborado um programa unificado para capacitação permanente das equipes que intervêm nesses contextos nos cinco países. A ideia é que a atividade seja o ponto de partida para que cada SN replique, de forma permanente, o treinamento em seus territórios, criando equipes EIEM preparadas, capazes responder aos crescentes desafios humanitários.

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho é uma rede humanitária global de 80 milhões de pessoas que ajudam aqueles que enfrentam desastres, conflitos e problemas sociais e de saúde. Consiste do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e as 192 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.