A saúde mental é tão importante quanto saúde física
A guerra e a violência destoem comunidades e países em todo o mundo e provocam um impacto devastador na saúde mental de milhões de pessoas.
Quando são invisíveis, os traumas podem ser facilmente subestimados ou preteridos. No entanto, a guerra e as calamidades provocam um impacto devastador na saúde mental e no bem-estar psicossocial de milhões de pessoas.
Novos problemas de saúde mental podem aparecer, e doenças preexistentes podem voltar à tona. Esses efeitos colocam em risco a vida de algumas pessoas.
Mais de 20% das pessoas vivendo em zonas de conflito têm alguma forma de problema de saúde mental.
Isso é 3 vezes mais do que no resto do mundo.pic.twitter.com/QBXcYt100q— CICV (@CICV_pt) 14 de outubro
Em lugares afetados por conflitos armados, um quinto das pessoas vivem com algum tipo de distúrbio de saúde mental. A proporção é três vezes maior que a da população geral.
No entanto, nos países de renda média e baixa onde ocorre a maioria das crises humanitárias, os serviços de saúde mental e apoio psicossocial não recebem prioridade nem financiamento suficiente, com uma média de dois trabalhadores de saúde mental para cem mil pessoas.
Como resultado, dois terços das pessoas com doenças mentais graves nesses países não recebem nenhum tratamento.
A Covid-19 não afeta apenas a nossa saúde física. Dicas dos nossos especialistas para cuidar da sua saúde mental. #MentalHealthAwarenessWeek pic.twitter.com/beri30GY4e
— CICV(@CICV_pt) 17 de outubro
TA falta de tratamento também aumenta a estigmatização, a exclusão e a discriminação, cujas consequências podem afetar severamente a segurança, a dignidade e a saúde de uma pessoa, além de abalar ainda mais a capacidade que comunidades e estados têm de enfrentar adequadamente os desafios psicossociais e de saúde mental.
O apoio à saúde mental precisa ser incluído na primeira etapa da assistência humanitária. Por isso, o CICV elaborou um programa de saúde mental e apoio psicossocial que é implementado durante e depois de conflitos armados e outras situações de violência.
Também atendemos às necessidades psicológicas e psicossociais de indivíduos, famílias e comunidades, fomentando seus próprios mecanismos de enfrentamento e evitando problemas adicionais de saúde mental e psicossociais. Nossas intervenções são adaptadas à cultura local e adotam uma abordagem participativa, porque somos cientes de que as abordagens ocidentais à psicologia nem sempre são a melhor opção.