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Voluntárias da Cruz Vermelha contam sua experiência na mostra “A falta que você faz”

A Exposição "A falta que você faz" que encerrou no domingo (11/6), no Museu Nacional, em Brasília, apresentou para milhares pessoas de todas as idades a dura realidade e as incertezas geradas pelo desaparecimento de um ente querido. Por meio dos retratos da fotojornalista brasileira Marizilda Cruppe, o público teve contato com o lado menos aparente – mas nem por isso menos impactante - da questão do desaparecimento no país: a dor da perda sentida por aqueles que ficam.

Mas o fim do período de exposição em Brasília não representou o fim da reflexão sobre o tema. Monique Cancelli, voluntária da Cruz Vermelha Brasileira – filial Brasília (CVBB) e monitora da mostra, afirma ter mudado sua percepção sobre o desaparecimento após entrar em contato com as histórias apresentadas. "É uma realidade de espera eterna que nunca passa pela cabeça da gente. Quase nunca paramos para pensar nisso e nem em como as pessoas que vivem esta realidade se sentem. Para mim foi muito importante, desenvolvi empatia por essas famílias e pela dor delas", disse Monique.

As reflexões geradas no público foram o ponto que outra voluntária e monitora da mostra, Daniella Castro, ressaltou. "A exposição retratou um trabalho muito importante pela dimensão do assunto. Os visitantes se comoveram bastante com as histórias e muitos saíram daqui não com pena das famílias, mas refletindo sobre o assunto", afirmou.

"A falta que você faz" atraiu milhares de visitantes no Museu Nacional, em Brasília. A exposição, produzida pelo CICV, teve o apoio da Cruz Vermelha Brasileira – Brasília, que ofereceu seus voluntários para atuarem como monitores e explicar ao público o problema das pessoas desaparecidas e suas consequências humanitárias. Foto: Philipe Moreira/CICV

A força e relevância do tema já seriam suficientes para gerar tal reflexão, mas a empolgação e dedicação dos voluntários participantes ajudou a reforçar o impacto da mostra "A falta que você faz" junto ao público. Segundo a vice-presidente da CVBB, Carolina Mota, o interesse dos voluntários-monitores mereceu destaque. "Percebi o envolvimento dos voluntários de uma forma especial. Vi a satisfação deles em poder ajudar de alguma forma", afirmou.

A exposição "A falta que você faz" foi produzida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e contou com o apoio da CVBB, que trouxe os seus voluntários para participar do evento como monitores. Os monitores acompanhavam os visitantes e respondiam questões relacionadas à complexa problemática das pessoas desaparecidas e suas consequências humanitárias, além de explicar o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho aos interessados. Essa não foi a primeira parceria entra as duas instituições: em eventos passados, CICV e CVBB já haviam trabalhado nos mesmos moldes, sempre com o foco na divulgação e sensibilização de importantes temas humanitários atuais.