Fome no Sudão do Sul
Apesar da assinatura do acorde de paz, a população continua sendo afetada pela continuidade do conflito. Comunidades deslocadas estão passando fome. Sem poder cultivar suas terras, conseguir alimento e água é um desafio diário.
Muitas comunidades vivem em regiões isoladas, onde o acesso da ajuda humanitária é difícil ou impossível por terra, agravando a situação de insegurança alimentar.
Os números demonstram a dimensão do problema e a gravidade da fome. Das 12 milhões de pessoas no Sudão do Sul, 3 milhões sofrem de insegurança alimentar severa.
Os sul-sudaneses estão vivendo no limbo, e os recentes confrontos em algumas partes do país, como Equatória, continuam a deslocar milhares de pessoas – que não poderão colher as suas safras e dependerão de ajuda humanitária.
Deslocada em Deim Zubeir e sem o marido, Belina Sabino improvisa para alimentar os filhos. CC BY-NC-ND / CICV / Mari Aftret Mortvedt
Metade da população não sabe de onde virá a próxima refeição e depende de ajuda humanitária para sobreviver. "A vida está cada vez mais difícil aqui, porque a minha família depende de mim. Mesmo estando doente, tenho que cuidar dos meus filhos e encontrar comida para eles. Não sei onde está o meu marido e não tenho como conseguir a informação", conta Belina Sabino enquanto cozinha o jantar para os cinco filhos.
Um ano após o acordo de paz no Sudão do Sul, a violência continua ameaçando a paz e a estabilidade: o número de pacientes feridos com tiros aumentou, centros de saúde ainda não alvos de violência e 4 milhões de pessoas ainda estão deslocadas.pic.twitter.com/OIKE4CErRd
— CICV (@cicv_pt) 10 de setembro de 2019
Devido às dificuldades das estradas, recorremos a lançamentos aéreos de alimentos para conseguir levar alimentos à população necessitada e isolada. Quase 70% das nossas entregas de mantimentos são realizadas desta maneira no Sudão do Sul, ajudando a combater a fome.
E se a metade da populção do seu país passasse fome? É assim no Sudã do DoSul. http://ow.ly/tvHM30fkJtupic.twitter.com/OIKE4CErRd
— CICV (@cicv_pt) 23 de janeiro de 2017