O sofrimento de refugiados e deslocadas no Iraque

O Iraque testemunhou o maior número e mais rápido percentual de refugiados e deslocados no mundo em 2015 e novos deslocamentos continuam sendo registrados. Centenas de milhares de pessoas buscam segurança dentro e fora do Iraque, deixando toda a sua vida para trás. Cerca de 800 mil pessoas fugiram só de Mossul devido aos enfrentamentos na cidade. As que pensam em voltar se deparam com o desafio de encontrar infraestrutura destruída.

Quinze 15 anos de conflito e de economia estagnada deixaram mais de 8,5 milhões de iraquianos com necessidades humanitárias. O conflito prolongado no Iraque para retomar as cidades deslocou mais de 5,8 milhões de pessoas desde 2004, dos quais 2,6 milhões continuam deslocados.

Apesar do anúncio da vitória por parte do governo, refugiados e deslocados continuam enfrentando uma série de dificuldades e problemas de segurança, estejam eles em campos, assentamentos informais ou tenham retornado às suas casas em áreas retormadas pelo governo.

 

Falta de acesso a abrigos, às necessidades básicas (incluindo água e eletricidade) e à assistência à saúde continuam sendo um problema, particularmente quando o retorno premature ao lugar de origem acontece ou quando o deslocamento é estendido por falta de oportunidades de renda e recursos limitados. O retorno prematuro é um novo problema, e visto como duplo deslocamento. As dificuldades surgem quando as casas e a infraestrutura estão destruídas, as áreas estão contaminadas por explosivos e existem outros questões de segurança.

Refugiados e deslocados enfrentam ainda outros problemas: falta de acesso à escola, instalações sanitárias e de higiene precárias e insegurança alimentar.

Nossa resposta

O CICV presta assistência aos refugiados e deslocados, levando alimentos, artigos domésticos básicos, consertando instalações de distribuição de água, reabilitação física, prestando assistência à saúde, visitando detidos e buscando restabelecer os laços entre familiares separados pelo conflito.