"Broken Cities": das ruínas à esperança, uma viagem virtual de resiliência e revitalização

Em todo o mundo, milhões de pessoas são afetadas direta ou indiretamente pela guerra urbana, por desafios constantes, laços familiares, migrações ou experiências anteriores. Nos conflitos armados, as partes beligerantes não protegem a população e a infraestrutura civil como deviam conforme o Direito Internacional Humanitário (DIH).

Da Síria até o Iêmen, de Gaza até o Iraque, do Sudão até a Ucrânia, os efeitos devastadores da guerra urbana são sentidos com cada vez mais força. Muitos chamam à ação, mas uma mudança significativa ainda não chega. Para conectar quem nunca foi afetado por uma guerra com aqueles cujas vidas foram transformadas para sempre por ela, o CICV convida você a entrar no cativante mundo das Broken Cities (Cidades Destruídas) e suas histórias de resistência e ressurreição.

Da empatia à ação

Essa viagem imersiva lhe dá a chance de reviver as estruturas civis que foram arrasadas pela guerra em Aleppo, Mossul e Gaza. Modelos fotogramétricos projetados meticulosamente dão voz a seus antigos moradores que um dia prosperaram nessas cidades.

Broken Cities é um pedido de atenção, um apelo à reavaliação das abordagens de conflitos urbanos e à priorização da proteção da população civil. O projeto revela o papel coletivo que as autoridades e da comunidade internacional jogam na minimização do sofrimento dos civis. Também transmite uma mensagem que as partes beligerantes devem escutar, à medida que as confrontamos com todo o peso do sofrimento que elas causam quando desrespeitam as normas da guerra. 

Uma tapeçaria de narrativas

Com uma mistura de evocativas exibições multimídia, incluindo entrevistas, mapas, dados, fotos locais e vídeos, o espectador confronta as histórias pessoais de indivíduos que personificam a força em meio à adversidade. Faiz, Satha, Safwan, Muneeb, Omar, Haj, Seba, Hassan, Feryal e Imad expõem suas experiências diretas com a guerra urbana e a luta incansável para reconstruírem suas vidas.

• Antigo Bazar de Aleppo, Síria: a identidade de uma cidade, soterrada nas ruínas de um mercado histórico. Mais do que um mercado, o souk representava a vida urbana em Aleppo. Hoje, suas ruínas são um símbolo da destruição que a guerra pode provocar na identidade, na cultura, no patrimônio e na economia de uma cidade. As histórias de Haj, Seba e Hassan demonstram a importância de proteger bens culturais durante conflitos.

• Hospital Escola Ibn Sina de Mossul, Iraque: Como os cuidados médicos se tornaram uma vítima da guerra apresenta como Faiz, Muneeb, Safwan, Satha e Omar mantiveram por si sós os serviços do hospital, revelando o papel primordial dos estabelecimentos de assistência à saúde em zonas de conflito.

• A torre de apartamentos em Gaza: esperanças e lembranças das famílias perdidas em um prédio residencial bombardeado testemunha o estrago da perda de abrigo e do deslocamento após as hostilidades de maio de 2021. As vozes de Imad e Feryal ressoam, destacando a necessidade urgente de proteger as casas da população civil e de oferecer apoio psicossocial aos sobreviventes de conflitos.
  
  

Um compromisso com a lembrança e com a mudança

Broken Cities visa garantir que o público geral nunca se esqueça dos efeitos duradouros da guerra urbana. Aleppo, Gaza e Mossul já foram notícia no passado; já as necessidades de muitos que lutam para refazer suas vidas passam despercebidas.

Essa experiência imersiva serve de lembrete de que essas histórias não podem ser esquecidas. O sofrimento dessas cidades é uma amostra dos desafios que aguardam outras, como as cidades do Sudão e da Ucrânia, se esse sofrimento é esquecido.