À medida que a guerra civil (1976-1992) em Moçambique aumentava, as necessidades humanitárias cresciam exponencialmente. No final da década de 1970, o CICV chegou pela primeira vez a Moçambique para fornecer apoio fundamental às populações.
À medida que a guerra civil (1976-1992) em Moçambique aumentava, as necessidades humanitárias cresciam exponencialmente. No final da década de 1970, o CICV chegou pela primeira vez a Moçambique para fornecer apoio fundamental às populações.
A guerra civil em Moçambique deslocou 5,7 milhões de pessoas dentro do país e deixou 1,7 milhão de refugiados. Algumas das pessoas mais afetadas foram crianças: mais de 25 mil foram separadas das suas famílias.
O CICV também forneceu apoio por meio do restabelecimento de laços familiares, como no caso da reunificação desta menina separada dos seus pais durante o conflito.
A guerra civil acabou, mas as minas terrestres ficaram. O CICV passou duas décadas apoiando a limpeza de mais 900 zonas minadas no país e 11 centros ortopédicos, entre eles um centro infantil.
Hoje, diante da escalada do conflito armado na província de Cabo Delgado, no norte do país, o CICV aumentou sua resposta para ajudar mais de 800 mil pessoas deslocadas que representam cerca de um terço da população da província.
O CICV também atuará para fortalecer o acesso à saúde reabilitando vários centros médicos na província, especialmente nas três regiões que receberam mais pessoas deslocadas: Pemba, Montepuez e a Ilha do Ibo.
O CICV está presente em Moçambique há mais de 40 anos. Durante os 16 anos de guerra civil, o CICV entregou alimentos e outros artigos essenciais às comunidades afetadas, ajudou no restabelecimento de laços familiares e forneceu acesso a serviços médicos. Após o fim da guerra civil, o CICV forneceu apoio à limpeza de campos de minas em grandes zonas das províncias centrais que tinham sido contaminadas durante a guerra. Além disso, um centro ortopédico e de reabilitação foi aberto em Beira para ajudar as vítimas de minas a conseguir próteses.
Em 2019, os ciclones Idai e Kenneth devastaram diversas partes das regiões central e setentrional de Moçambique. Em cooperação com diferentes parceiros do Movimento, o CICV forneceu apoio às pessoas afetadas para a reconstrução de seus meios de subsistência e reabilitou a infraestrutura médica e hídrica.
Hoje, o CICV concentra seu apoio em Cabo Delgado. No começo deste ano, o CICV aumentou sua resposta humanitária para ajudar as pessoas afetadas pelo conflito expandindo a acesso a serviços médicos e à água. Para isso, reabilitou e construiu muitos centros médicos novos, aprimorou os sistemas de distribuição de água e forneceu novas bombas.
O CICV espera continuar ajudando no ano que vem com foco na assistência às populações deslocadas vulneráveis e às comunidades de acolhimento tanto no continente (as cidades de Montepuez e Pemba) quanto nas ilhas do Ibo.