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Quênia responde à crise eleitoral

03-01-2008 Entrevista

Desde Nairobi, Abbas Gullet, Secretário-Geral da Cruz Vermelha do Quênia, fala brevemente sobre a crise, enquanto ajuda a coordenar as atividades de socorro na capital.

     

 
   
Abbas Gullet 
         

  A violência no Quênia continua?  

Hoje não foi um bom dia em Nairobi. Houve conflitos entre a polícia e o povo nas ruas, após o governo ter proibido o estabelecimento da oposição. Ambulâncias da Cruz Vermelha do Quênia estiveram nas ruas da cidade durante toda manhã recolhendo as pessoas feridas e alguns corpos de pessoas mortas. De acordo com os relatórios, também continuam existindo bolsões de violência em muitas outras partes do país.    

     

     
 
   
Leia também a entrevista com Pascal Cuttat, chefe de delegação do CICV em Nairobi. 
         

  Quais são as conseqüências humanitárias dessa crise em todo o país?  

As conseqüências são dramáticas e devem ser descritas como catastróficas. Uma das principais preocupações é com a dificuldade de acesso a muitas regiões do país. Nós estamos esperando e rezando para que a situação se tranqüilize e para que as autoridades encontrem uma solução. Nas regiões onde a Cruz Vermelha do Quênia pôde trabalhar os feridos foram evacuados e os corpos, recolhidos. Esperamos que quando as coisas voltem um pouco ao normal sejamos capazes de ampliar nossas atividades de assistência. 

  Quais sãos as prioridades imediatas da Cruz Vermelha do Quênia?  

A assistência médica continua sendo a prioridade nesse momento. Mas nós estimamos que cerca de 500.000 pessoas ao longo do país foram deslocadas pela violência. Quando houver um melhor acesso vamos ter que prover a essas pessoas comida, água e abrigo.