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Dez anos de programas de controle da tuberculose em prisões do Azerbaijão

07-12-2005 Comunicado de imprensa 05/92

Neste ano, o Ministério da Justiça do Azerbaijão e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) comemoram o 10o aniversário da cooperação de luta contra a tuberculose em prisões do Azerbaijão. Em 6 de dezembro, oficiais do governo, representantes diplomáticos e organizações internacionais marcaram a ocasião com uma ronda de estudo da Instituição de Tratamento Especial para Detentos com Tuberculose (STIDT) e uma comemoração em Baku.

A tuberculose é uma doença devastadora. Cerca de 8 milhões de pessoas em todo o mundo contraem tuberculose todos os anos, sendo que 5.000 são vítimas da doença todos os dias. É o maior problema de saúde pública no Azerbaijão, especialmente nas prisões, onde o índice de risco é aproximadamente 50 vezes maior.

Em maio de 1995, o Ministério da Justiça e o CICV criaram um projeto para 300 pacientes no Hospital Central Penitenciário de Baku. Em julho de 1998, o Ministério reabriu o STIDT após a reforma e 1.000 leitos foram designados ao tratamento central da tuberculose no sistema penitenciário.

Hoje, todos os presos do Azerbaijão possuem acesso ao diagnóstico moderno da mais alta qualidade e tratamento de tuberculose gratuito e cerca de 7.000 internos com tuberculose agora recebem o tratamento adequado. O índice de mortalidade dentre os novos casos de tuberculose caiu drasticamente, de 14% em 1995 para 3% em 2004. Os pacientes são identificados na fase inicial e logo iniciam o tratamento, fato que aumenta suas chances de cura.

A Tuberculose Tolerante ao Coquetel de Medicamentos é uma ameaça significativa ao controle da tuberculose no Azerbaijão. Esse fenômeno, totalmente criado pelo homem, é devido a procedimentos de tratamento ineficientes ou a pacientes que não tomam os remédios conforme a orientação médica. Em 2006, o Ministério será capaz de tratar os detentos com esse tipo de tuberculose pela primeira vez, graças ao subsídio do Fundo Global e do suporte técnico do CICV. Seu sucesso possibilitará que o Ministério da Saúde faça o mesmo com os pacientes fora do sistema penitenciário, onde a doença ainda é um problema.

A chefe da delegação do C ICV, Mary Werntz, é otimista: “O povo do Azerbaijão está pronto e tem capacidade de tratar desse problema. O país conta com os recursos necessários para continuar prosseguindo”.

O CICV tem sido capaz de desempenhar seu papel para proporcionar o aconselhamento técnico e treinamento ao departamento médico do Ministério da Justiça.

  Maiores informações:  

  Gulnaz Guliyeva, CICV Baku, Tel. +994 12 465 63 34 ou 465 64 52  

  Annick Bouvier, CICV Genebra, Tel. +41 22 730 24 58 ou +41 79 217 32 24  



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