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Libertações: um reflexo da intermediação neutra na Colômbia

Em 2022, recebemos 63 pessoas que se encontravam em poder de diferentes atores armados, um dos números mais altos dos últimos anos. Independentemente de quantas vezes participarmos nessas operações estritamente humanitárias, cada reencontro de uma pessoa com seus entes queridos será profundamente gratificante para nós.

Aliviar o sofrimento de quem está em poder de atores armados é uma das nossas prioridades. Para isso, é fundamental nosso diálogo bilateral e confidencial com todas as partes nos conflitos armados, bem como ter sempre garantias de segurança e respeito pelo nosso trabalho humanitário. Assim, conseguiremos encontrar o ambiente necessário para que as pessoas, seja qual for o motivo pelo qual estão cativas, possam retomar suas vidas em liberdade.

Antioquia. Diálogo com as Autodefesas Gaitanistas da Colômbia (AGC).

É fundamental que os atores armados respeitem o DIH, que fornece proteção particular à população civil e a quem já não participa nas hostilidades, incluindo as pessoas em poder de uma parte em conflito.

Em cada ocasião que temos a oportunidade de facilitarmos ou participarmos em uma liberação, agradecemos aos portadores de armas sua confiança na nossa neutralidade, imparcialidade e independência e valorizamos o gesto humanitário.

Arauca. Libertação de duas pessoas em poder do Exército de Libertação Nacional (ELN)

Em 2023, manteremos a disposição a nos empenhar, como intermediários neutros, no facilitamento desse tipo de operações humanitárias quando e onde for necessário.