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Perguntas frequentes sobre o CICV e as pessoas que estão sendo mantidas como reféns em Gaza

As famílias das pessoas mantidas como reféns vivem um pesadelo. Filhos, cônjuges, irmãos e pais esperam ansiosamente, todos os dias, a libertação dos seus entes queridos ou, pelo menos, notícias de onde estão.

*Versão em hebraico disponível aqui

Desde o primeiro dia pedimos a libertação imediata de todas as pessoas que estão sendo mantidas como reféns e acesso às mesmas. Reiteramos que Direito Internacional Humanitário (DIH) proíbe a tomada de reféns. Solicitamos continuamente informações sobre os reféns e sobre o estado de saúde atual deles. Não deixamos de fazer isso e continuaremos até que todos os reféns sejam libertados.

Facilitamos múltiplas operações de libertação e sentimos alívio por saber que mais de 140 pessoas puderam reencontrar os seus entes queridos. Mas isso não é suficiente: confirmamos repetidamente a nossa disponibilidade para facilitar a libertação de todas as pessoas que estão sendo mantidas como reféns. Para que isso ocorra, as partes precisam chegar a um acordo. Se isso não acontecer, o CICV não poderá agir.

Abaixo estão algumas respostas para perguntas que recebemos com frequência.
 

 

Para as famílias das pessoas que estão sendo mantidas como reféns, temos uma linha direta disponível.

Para contato em hebraico e inglês, ligue para 03 524 5286.

Se estiver no exterior, ligue para + 972 3 5245286.

Para contato em árabe, ligue para 08 283 2400.

Tratamos cada caso individual com extrema importância.

 Disponível também aqui:
Perguntas frequentes sobre o trabalho do CICV em Israel e territórios ocupados em árabe e hebraico
Informações sobre pessoas afetadas pelo conflito em Israel (disponível em hebraico)
Informação sobre as pessoas afetadas pelo conflito em Gaza e na Cisjordânia (disponível em árabe)
Fatos e números de 7 de outubro de 2023 a 31 de julho de 2025

*versão em hebraico disponível aqui

Perguntas frequentes

  • Queremos que as famílias em Israel e no exterior saibam que a situação dos seus entes queridos mantidos como reféns é uma das nossas prioridades.

    • Facilitamos diversas operações de libertação e estamos prontos para facilitar a libertação de todos os reféns restantes.
    • Continuamos defendendo com firmeza a libertação dos reféns restantes, diretamente com o Hamas e com outros atores internacionais que podem influenciar as partes no conflito para ter acesso aos reféns. O nosso diálogo com as autoridades israelenses também inclui a situação das pessoas que o Hamas mantém como reféns.
    • Fortalecemos a nossa equipe responsável por esse diálogo com o objetivo de intensificar os nossos esforços. A nossa equipe em Gaza está pronta para visitar os reféns e facilitar qualquer libertação futura depois que as partes chegarem a um acordo.
    • Continuamos solicitando informações sobre os reféns e acesso a eles. Também insistimos em que as pessoas que estão sendo mantidas como reféns possam compartilhar uma mensagem com as suas famílias.
    • Em inúmeras oportunidades, declaramos publicamente que os reféns deveriam ser libertados de maneira imediata, incondicional e sem danos. Também declaramos repetidamente que, enquanto estiverem em cativeiro, eles devem ser tratados com humanidade, devem ter acesso a cuidados médicos, se necessário, devem poder entrar em contato com os seus entes queridos e que o CICV deve poder visitá-los para verificar o seu bem-estar.
  • Desde 7 de outubro de 2023, recebemos muitas perguntas de pessoas em Israel e no exterior, desesperadas para saber onde estão os seus familiares desaparecidos. A nossa presidente, Mirjana Spoljaric, reuniu-se diversas vezes com representantes das famílias, e a nossa chefe de delegação em Israel recebeu os representantes e as famílias. Estabelecemos uma linha direta para as famílias telefonarem e nos encontramos com várias delas diversas vezes.

    Realizamos reuniões com diferentes agências em Israel, proporcionando apoio mental às vítimas dos ataques de 7 de outubro, para oferecer assessoramento e a experiência da nossa Organização no tratamento de pessoas afetadas por conflitos armados. Também entramos em contato com as embaixadas cujos cidadãos são mantidos reféns para lhes dar informações pertinentes.

    Saiba mais em: Informações para pessoas afetadas pelo conflito em Israel (em inglês).
     

  • Desde o primeiro dia solicitamos ao Hamas que nos dê acesso às pessoas que estão sendo mantidas como reféns com quatro apelos:

    1. Libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

    2. Informações sobre os reféns e as condições de saúde deles.

    3. Acesso aos reféns para garantir que estejam sendo tratados com humanidade e dignidade, para verificar o estado de saúde deles e prestar-lhes a assistência médica necessária. Algumas dessas pessoas também podem precisar de tratamento urgente devido a condições de saúde pré-existentes e potencialmente novas.

    4. Envio de mensagens dos reféns para as suas famílias.

    Não interrompemos esse diálogo que mantemos desde o início e continuaremos assim. Para construir e manter a confiança, operamos mediante diálogo bilateral e confidencial.

    Graças a décadas de experiência, sabemos que manter um perfil baixo e defender os melhores interesses das pessoas que queremos ajudar de forma discreta e direta com quem têm a influência para fazer a diferença é a melhor forma de influenciar a mudança que queremos para elas.

  • Dialogamos com o Hamas e também com as autoridades israelenses sobre esta questão. O conteúdo destas conversas é confidencial – assim como o nosso enfoque a nível global. No entanto, podemos afirmar é que, como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, facilitar a comunicação entre reféns e familiares, e facilitar qualquer eventual libertação.

  • Quem mantém as pessoas como reféns é responsável pela saúde e pela segurança delas. Essas pessoas devem ser tratadas com humanidade e dignidade. Fazemos apelos reiterados para ter acesso a essas pessoas e, assim, verificar as suas condições de saúde e prestar todo o apoio que for necessário. Desde o primeiro dia, defendemos a portas fechadas a sua libertação e bem-estar.

    Estamos prontos para ajudá-las de todas as formas possíveis – seja visitando-as pessoalmente para verificar o seu estado de saúde ou entregando remédios pessoais. Esperamos ansiosamente facilitar a troca de mensagens entre os reféns e os seus familiares e, claro, estamos prontos para facilitar a sua libertação.

  • As partes em conflito e outras partes com influência participaram das negociações anteriores. O CICV não é um negociador e não participou dessas discussões. No entanto, estamos prontos para facilitar a implementação dos aspectos humanitários de qualquer acordo entre as partes no conflito, incluindo qualquer nova libertação de reféns.

    Somos uma organização humanitária neutra e imparcial e não participamos de quaisquer discussões ou acordos políticos entre as partes. O nosso papel é apoiar um acordo para a libertação das pessoas que estão sendo mantidas como reféns e lembrar ambas as partes das suas obrigações de acordo com o Direito Internacional Humanitário (DIH). Estamos prontos para apoiar qualquer libertação adicional de reféns a qualquer momento e o nosso papel como intermediário neutro é puramente humanitário.

  • Uma vez alcançado um acordo entre as partes em conflito, o CICV desempenha um papel de intermediário neutro. O nosso papel é facilitar a transferência segura de reféns libertados da Faixa de Gaza para um local acordado.

    Executar essa função é uma missão complexa e exige conhecimentos logísticos, médicos e de segurança. Também requer a confiança de todas as partes como intermediário neutro. Todas as medidas que o CICV toma visam garantir a segurança dos reféns libertados e de todo o pessoal envolvido.

  • O nosso objetivo é que os reféns sejam libertados imediatamente e possam se reencontrar com os seus entes queridos, assim como ter acesso a eles enquanto estiverem em cativeiro. Em diversas oportunidades declaramos que a tomada de reféns constitui uma violação do Direito Internacional Humanitário (DIH) e que as pessoas mantidas como reféns devem ser libertadas de forma imediata e incondicional. Até que isso aconteça, devem ser tratadas com humanidade e dignidade. Pedimos inúmeras vezes que pudéssemos ter acesso para essas pessoas a fim de visitá-las, verificar o seu bem-estar, proporcionar tratamento médico e restabelecer o contato com as suas famílias.

    Os anos de experiência dialogando com as partes em conflitos e com grupos armados não estatais provaram que o nosso enfoque bilateral e o diálogo confidencial para levantar questões preocupantes é importante para alcançar resultados, mais do que as denúncias públicas.

  • Desde o primeiro dia temos sido muito firmes no nosso apelo público para a libertação de todos os reféns. Publicamos dezenas de declarações nas quais isso foi comunicado publicamente. O CICV e a nossa presidente se reuniram diversas vezes com familiares dos reféns e pediram de forma pública e reiterada que eles fossem libertados.

    Confira aqui:

    Israel e territórios ocupados: CICV reitera pedido de libertação de reféns após divulgação de vídeo angustiante

    Israel e territórios ocupados: CICV faz apelo para acordo entre as partes para permitir ação humanitária em Gaza

    Israel e territórios ocupados: CICV está chocado com vídeos angustiantes de reféns israelenses em Gaza

    Israel: um ano de perda e dor

    Declarações públicas do CICV sobre as pessoas mantidas como reféns em Gaza

    Também defendemos os reféns no diálogo bilateral que mantemos com quem tem influência para fazer a diferença. O CICV prioriza um diálogo bilateral e confidencial. Talvez as pessoas não nos vejam na televisão ou nas redes sociais falando sobre esses diálogos. No entanto, graças a décadas de experiência, não somos diretos pois sabemos que a melhor forma de influenciar a mudança para as pessoas que queremos ajudar é manter um perfil baixo e defender os seus melhores interesses de forma discreta e direta com quem tem influência para fazer a diferença.

    Assista ao vídeo que responde “por que vocês não se pronunciam?

  • No seu papel de intermediário humanitário neutro, o apoio do CICV foi solicitado para a transferência das pessoas mortas de Gaza para as autoridades em Israel. O CICV não participará, estará presente nem facilitará qualquer transferência de restos mortais entre as partes sem um acordo estabelecido entre todas as partes. O CICV não participa da classificação, triagem ou exame das pessoas mortas. Esta é uma responsabilidade das partes em conflito.

    O CICV continua pronto para facilitar futuros elementos do acordo de cessar-fogo. Somos consistentes na nossa opinião, expressa de forma privada e pública, de que todas as libertações sejam realizadas de forma privada e digna. Continuamos preocupados e insatisfeitos com a forma como as operações de libertação foram realizadas. As preocupações específicas são transmitidas diretamente às partes no diálogo bilateral e confidencial.

    As famílias têm o direito de receber notícias sobre os seus entes queridos e as pessoas que morreram devem ser tratadas com respeito, de acordo com as suas tradições e, idealmente, pelas suas famílias. Os restos mortais devem ser recuperados, devidamente tratados e identificados para ajudar a prevenir e resolver a tragédia de pessoas desaparecidas em decorrência de conflitos armados. Em todos os casos em que pessoas são mortas ou morrem durante conflitos, os seus corpos devem ser tratados com respeito e dignidade. Compreendemos que o desaparecimento de entes queridos é doloroso. Também reconhecemos a dor quando entes queridos não podem ser enterrados da maneira tradicional.

  • Sabemos que a sua situação atual é extremamente angustiante. Você não está só. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está fazendo o possível para ajudar as pessoas afetadas por esta situação. Apesar das difíceis condições de segurança, as nossas equipes trabalham 24 horas por dia para ajudar o maior número de pessoas possível.

    Desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, recebemos muitas perguntas de pessoas em Israel e no exterior, desesperadas para saber onde estão os seus familiares desaparecidos.

    Entendemos perfeitamente que não saber onde está um ente querido é devastador para as famílias. Dentro do mandato e das capacidades do CICV, estamos prontos para fazer o possível para ajudar.

    Sabemos que muitas pessoas estão tentando se reconectar durante esta situação desafiadora. Atualmente recebemos um grande número de chamadas. Continue tentando os números abaixo. Estamos trabalhando para responder todas as chamadas.

    Para entrar em contato com o CICV em hebraico ou inglês, ligue para 03 524 5286.

    Se estiver ligando do exterior, ligue para + 972 3 5245286.

    Se quiser informações em árabe, ligue para 08 283 2400

    Leia mais informações sobre as pessoas afetadas pelo conflito em Israel

Como intermediário neutro, o CICV facilita regularmente libertações e transferências em situações de conflitos no mundo todo. As principais condições para a nossa participação são:

- Acordo de todas as partes envolvidas.

- Garantias de segurança: acesso seguro e desimpedido para o CICV realizar a operação.

- Respeito, em todos os momentos e por todas as partes, dos requisitos do Direito Internacional Humanitário (DIH) relativos a tais operações, em particular no que diz respeito ao tratamento humano das pessoas mantidas em cativeiro antes, durante e depois da transferência.